O Rio Ave procura refletir a sua forma recente com a primeira vitória como visitante na I Liga de futebol frente ao lanterna-vermelha Desportivo de Chaves, no domingo, da 18.ª jornada, avaliou hoje o treinador Luís Freire.
“Da nossa parte, a grande responsabilidade é dar o máximo e estarmos concentrados e empenhados, tendo alegria e prazer em fazer o nosso jogo. Nunca é fácil para ninguém jogar em Chaves, mas compete-nos ir à procura destes três pontos, tal como nas outras partidas. Sabemos que, se tivermos sempre uma personalidade forte a jogar fora, temos mais possibilidades de pontuar e vencer”, vincou o técnico, em conferência de imprensa.
Com cinco derrotas e três empates somados longe de Vila do Conde na primeira volta, o Rio Ave voltou aos desaires na última ronda, ao perder com o campeão nacional Benfica, por 4-1, com três golos sofridos na meia hora final, após a expulsão de Aderllan Santos.
“Temos vindo já há algum tempo a justificar mais pontos fora de casa. Não tem sido por falta de comportamentos e de capacidade, pois a equipa tem sido muito rematadora, cria oportunidades e joga de maneira mais consistente. A nossa obrigação é dar o máximo e representar em campo aquilo que trabalhamos. Ou seja, jogar, reagir à perda [da bola] e estar organizados defensivamente, sabendo os pontos fortes do adversário”, enquadrou.
Luís Freire admitiu a importância do embate, numa altura em que o Rio Ave ocupa a 16.ª posição, de acesso ao play-off de manutenção, com quatro pontos de vantagem face aos flavienses, mas descartou atribuir qualquer carácter decisivo na fuga à zona de descida.
“Esperamos um Desportivo de Chaves a jogar entre o ‘4-3-3’ e o ‘5-4-1’, com capacidade para pressionar, estar organizado em zonas mais baixas do campo e ser forte em vários momentos, que estão identificados por nós e foram transmitidos aos jogadores”, anteviu.
O brasileiro Aderllan Santos, suspenso, e o avançado André Pereira, devido a lesão, vão desfalcar as opções de Luís Freire, que vai superar Pedro Martins como o quarto técnico com mais duelos pelos vila-condenses, ao contabilizar 102 em duas temporadas e meia.
“Temos de ir jogo a jogo e procurar os pontos necessários [para a permanência]. Houve vários jogos que deixámos fugir, alguns deles por responsabilidade nossa. Em termos de caudal, até foi uma primeira volta boa. Creio que com um pouco de estabilidade, com um plantel equilibrado e um jogo consistente, podemos fazer uma segunda volta”, afiançou, recordando a “reestruturação de toda a maneira e feitio” vivida pelo Rio Ave esta época.
Questionado sobre uma possível saída de Guga na janela de transferências de inverno, Luís Freire mostrou-se crente de que o médio e capitão “vai estar mais” tempo no clube, que voltou a poder inscrever novos futebolistas este mês, na sequência do caso Olinga.
“O Guga tem estado a um nível muito alto há três anos praticamente seguidos e, como é lógico, os atletas aparecem mais quando a equipa está melhor. Ele teve uma lesão chata no início da época, mas está envolvido com a equipa, tem tido bom rendimento e toda a gente gosta dele. É um dos nossos capitães e estará cá até estar cá. Neste momento, o Guga está completamente envolvido no plano de jogo para amanhã [no domingo]”, indicou.
O Rio Ave, 16.º e antepenúltimo colocado, com 15 pontos, defronta o lanterna-vermelha Desportivo de Chaves, com 11, no domingo, às 18:00, no Estádio Municipal Engenheiro Manuel Branco Teixeira, em Chaves, num encontro da 18.ª jornada do campeonato, e primeira da segunda volta, que vai ser arbitrado por Fábio Melo, da associação do Porto.
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