O Tribunal de Instrução Criminal de Coimbra decidiu abrir a instrução da acusação particular de José Eduardo Simões e Luís Godinho, dirigentes da Académica, contra João Barroqueiro, que presidia à TBZ, indiciado de alegada difamação sobre desvio de 300 mil euros.

De acordo com fonte judicial, o juiz decidiu dar provimento às novas provas escritas e a outras testemunhas apresentadas por João Barroqueiro e esposa, também arguida na acusação particular movida por presidente e vice-presidente da Académica.

A acusação particular de difamação contra o presidente da extinta TBZ, empresa responsável pelo licenciamento e pela comercialização da marca Académica, está conexa ao processo em que José Eduardo Simões e Luís Godinho são acusados do crime de furto na forma qualificada.

Os dois dirigentes do clube conimbricense foram acusados por João Barroqueiro de se terem apropriado indevidamente da receita de bilheteira do jogo Académica-Benfica da época de 2008/09.

O então presidente da TBZ alegou que o montante de 300 mil euros pertencia à empresa, em conformidade com o contrato estabelecido com a Académica.

A 22 de novembro de 2008, véspera do jogo no Estádio Cidade de Coimbra, João Barroqueiro e esposa constataram que o dinheiro que supostamente devia se encontrar nas bilheteiras tinha sido retirado e que não seria entregue à TBZ, que, nessa altura, estava a ser alvo de um pedido de insolvência por parte de uma marca de material desportivo.

Na procura de explicações, Luís Godinho agrediu alegadamente a mulher de João Barroqueiro, que apresentou uma queixa-crime, com o vice-presidente da Académica a ser pronunciado, aguardando o julgamento em processo autónomo com termo de identidade e residência.

A agência Lusa tentou contatar José Eduardo Simões, Luís Godinho e João Barroqueiro, mas não conseguiu obter reação.