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Vitória de Guimarães, o Boavista ou o Leixões também aderiram aos Processos Especiais de Revitalização de Empresas.
O Tribunal do Comércio de Lisboa aceitou o plano de renegociação de dívidas apresentado pela SAD do Vitória de Setúbal e que visa acertar com os credores o pagamento de 29 milhões de euros, anunciou hoje o clube.
Em comunicado divulgado hoje no seu site, o clube setubalense anuncia que "no passado dia 31 de janeiro de 2014, foi homologado pelo Tribunal do Comércio de Lisboa o Plano de Revitalização apresentado pela Vitória Futebol Clube – SAD", apresentado em agosto do ano passado, dias antes do começo da atual época futebolística.
A SAD vitoriana, que no comunicado assume dívidas de 29 milhões de euros, afirma que "sem a aprovação do Plano, a generalidade das responsabilidades [da SAD] seriam imediatamente exigíveis por parte dos credores, sendo que já haviam sido tomadas diligências de apreensão das receitas que levavam à, quase, impossibilidade de gestão".
Salientando "a importância vital da presente aprovação e homologação para o futuro da SAD" e, consequentemente, do "futebol profissional" do clube, a direção do Vitória de Setúbal explica que os dirigentes da SAD "tiveram que se empenhar pessoalmente, 'dar a cara' junto dos credores, avalizar operações", "assumir pessoalmente dívidas da SAD e do clube", bem como "negociar e apresentar um projeto com dimensão e com futuro, em que os próprios credores acreditassem".
No mesmo comunicado, o clube setubalense acrescenta ter conseguido "um perdão da dívida por parte de alguns credores", que não especifica, e diz que acordou "uma forma de pagamento faseada" para outros.
Numa anterior nota, de 19 de janeiro, o clube dava conta que tinha negociado com o Fisco - um dos maiores credores da SAD - o pagamento das suas dívidas em 150 prestações e um pagamento faseado em 120 prestações com a Segurança Social. O clube não especifica quanto deve ao Estado.
Por outro lado, a SAD do Vitória de Setúbal explica que negociou uma extensão para 10 anos nos acordos com a banca e acordou com os seus fornecedores um perdão de 50 por cento do capital e o pagamento do restante em dez anos, com carência de dois anos.
De acordo com a lista divulgada no portal da justiça, o administrador de insolvência que supervisiona o Plano da SAD vitoriana é Manuel Reinaldo Mâncio da Costa e entre os credores da SAD do Vitória de Setúbal contam-se jogadores como Bruno Ribeiro ou Bruno Severino, instituições bancárias como a Caixa de Crédito Agrícola ou a Caixa Económica Montepio Geral e o próprio Vitória Futebol Clube.
Também na lista conta-se a Ventos de Negócio - Empreendimentos e Investimentos, uma sociedade imobiliária detida pela Pluripar, empresa ligado ao grupo SLN, com créditos relativos ao contrato-promessa de transmissão do direito de superfície dos terrenos do Estádio do Bonfim.
O Processo Especial de Recuperação (PER) requerido pela administração da SAD do Vitória de Setúbal, na prática, suspendeu as ações executivas que o Estado (Fisco e Segurança Social) poderia desencadear contra o clube, possibilitando assim a inscrição de jogadores na presente época.
Além do Vitória de Setúbal, outros clubes de futebol aderiram aos Processos Especiais de Revitalização de Empresas, tais como o Vitória de Guimarães, o Boavista ou o Leixões.
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