Nos últimos anos o Paços de Ferreira destacou-se por três coisas: boas campanhas na Liga, a fama de ser um clube cumpridor e o já ‘mítico’ boné dos treinadores nas declarações públicas. José Mota, Paulo Sérgio e Rui Vitória foram alguns dos rostos mais emblemáticos por baixo do boné que hoje “pertence” a Paulo Fonseca, o jovem treinador de 39 anos.

O clube da ‘Capital do Móvel’ é a grande sensação da temporada, ocupando o terceiro lugar no campeonato, que pode dar um inédito acesso à Liga dos Campeões. Os 31 pontos em 17 jornadas valem mais do que as campanhas de SC Braga e Sporting, os maiores candidatos à última vaga ‘milionária’.

Com efeito, em vez das imagens, são os números que dizem mais do que mil palavras. Ao fim de 17 rondas, os pacenses somam apenas duas derrotas, impostas por FC Porto e Benfica. Paralelamente, contam oito vitórias e sete empates. Isto significa que no campeonato à parte do duo da liderança, a equipa treinada por Paulo Fonseca mantém-se invicta.

No que toca a golos, os pacenses registam já 23 tentos marcados, o que constitui o sexto melhor ataque da prova, a par de Nacional e Beira-Mar, onde o peruano Hurtado assume-se como o melhor marcador da equipa, com 5 golos. Quanto aos tentos sofridos, o Paços de Ferreira “joga à defesa” - no melhor sentido da palavra. Os ‘castores’ são a terceira melhor defesa e contabilizam apenas 12 golos encaixados na sua baliza, tantos quanto o Benfica.

A regularidade é também um dos ‘trunfos’ do Paços de Ferreira. A atual campanha fica marcada, entre outros dados, pelas cinco vitórias nos derradeiros seis encontros ou na única derrota averbada nas últimas 12 partidas. Estes números tornam-se apenas possíveis pela eficácia da sua equipa, que marcou em 13 dos 17 jogos e terminou 10 dos referidos 17 sem sofrer golos.

A diferença da equipa face a 2011/12 é como da noite para o dia. No campeonato anterior, o Paços de Ferreira era somente o 14º classificado, com 15 pontos. Agora, tem mais do dobro.

Numa temporada onde as aspirações parecem não ter limites para a equipa de Paulo Fonseca, é caso para se dizer que o Paços de Ferreira não é um clube de “enfiar barretes”. Apenas bonés.