O resultado fechou aos 8-1, mas a verdade é que os encarnados nem pareciam satisfeitos, tal a voracidade do seu ataque. Foi uma goleada à moda antiga, na qual o Benfica até podia ter marcado mais. Uma goleada sob o signo de Óscar Cardozo. O número 7 assinou um hat-trick e alcançou a redenção, depois dos penáltis falhados nas primeiras jornadas.

Ao intervalo, Javi García, Luisão, Cardozo, Aimar e Ramires já tinham sentenciado as contas da partida. Por mérito da boa exibição colectiva dos encarnados e da incipiente réplica da equipa de Carlos Azenha.

Longe vão os tempos de Quique Flores, em que a equipa marcava e logo se fechava na defesa da vantagem. Com Jorge Jesus, a música é outra, pois o Benfica não deixou de atacar até ao apito final. Fruto de um pressing muito intenso, que permitia a recuperação rápida, e uma transição ofensiva plena de eficácia, os golos foram surgindo com naturalidade. E sem lugar a pressão pelo facto de não poder deixar os rivais Sporting e FC Porto fugirem na classificação da Liga.

No segundo tempo, a toada ofensiva continuou. Tal como os golos. Cardozo cimentou o seu lugar de melhor em campo com o hat-trick e houve ainda tempo para o golo de Nuno Gomes - a estreia do capitão encarnado esta temporada. A fechar, como ponto de consolação, o golo dos sadinos, por Helder Barbosa.

Os adeptos pediam 'Só mais um', mas terminou mesmo com 8-1. E Carlos Azenha tem motivos para estar preocupado. O V. Setúbal ficou, literalmente, feito num oito.