O Leixões marcou logo aos 30 segundos, por Pouga, mas duas grandes penalidades polémicas, convertidas por Edgar Silva, deram a vantagem aos madeirenses, que passaram a jogar contra nove elementos aos 29 minutos.

O Leixões sofreu a terceira derrota consecutiva na Liga e ainda viu o treinador José Mota ser expulso, enquanto que o Nacional ultrapassou provisoriamente o Rio Ave e ascendeu ao quarto lugar, com 17 pontos.

A equipa da casa teve 10 minutos iniciais de bom nível e Tiago Cintra até esteve perto do segundo golo, com um remate de longe, aos nove minutos.
Aos poucos, os insulares foram subindo de produção e, depois de cabecear ao lado, aos 15 minutos, Edgar Silva converteu a primeira grande penalidade, aos 18, fazendo o 1-1, num lance que castigou mão na bola de Nuno Silva.

Aos 20 minutos, Zé Manuel foi expulso por travar um contra-ataque de Leandro Salino com uma entrada “às pernas” do adversário, efectuada no círculo central. Esta decisão de João Capela – árbitro do Benfica-Leixões, da sexta jornada da Liga, que os matosinhenses perderam por 5-0, terminando o jogo reduzidos também a nove elementos – incendiou definitivamente o ambiente nas bancadas.

Aos 26 minutos, na sequência de um remate de Hugo Morais, Clebão parece colocar a mão à bola dentro da área do Nacional, mas o árbitro assinalou fora-de-jogo a Wênio. Três minutos depois, João Capela considerou que Nuno Silva fez falta sobre João Aurélio, marcando penálti e expulsando o defesa do Leixões, por acumulação de amarelos. Edgar converteu de novo o castigo máximo e o treinador do Leixões, José Mota, foi expulso, sem antes encarar de frente o juiz da partida, que foi obrigado a recuar em pleno relvado.

A equipa da casa, reduzida a nove elementos, continuou a lutar e, aos 39 minutos, Tiago Cintra obrigou Bracalli, num livre, a defesa apertada. Os madeirenses não forçaram o ritmo e apenas Edgar, aos 44’, esteve novamente perto do golo.

Ao intervalo, o árbitro teve de aguardar alguns momentos no centro de relvado, de forma a estarem reunidas as condições para regressar em segurança aos balneários, devido à aglomeração de adeptos nas bancadas, por cima da zona do túnel.

Nos primeiros 30 minutos da segunda parte, os alvinegros tiveram dificuldades em tirar partido da vantagem numérica e criaram poucos lances de perigo. Já o Leixões, que se bateu de forma aguerrida, até podia ter empatado aos 68 minutos, num livre directo de Laranjeiro, defendido por Bracali. Aos 75 minutos, num lance de contra-ataque, o Nacional quase sentenciou o jogo, com João Aurélio a isolar Edgar, que assim fez um “hat-trick”.

Dez minutos depois, Hugo Morais ainda fez o 3-2, na conversão de uma grande penalidade (falta de Clebão sobre Faioli), dando nova esperança aos leixonenses. Em cima do minuto 90, Anselmo apontou o quarto golo do Nacional, num remate cruzado, "carimbando" a vitória insular.