A preparar a próxima época no Vitória de Guimarães, Rui Vitória assume que «vai ser uma época de dificuldades e riscos» e que apesar de o clube necessitar de encaixe financeiro, a prioridade não vai ser a Liga Europa, prova para a qual entram diretamente para a fase de grupos graças à conquista da Taça de Portugal.

«Não me parece que vá haver grande mudança na nossa filosofia. A entrada na Liga Europa já nos permitiu um encaixe financeiro. Vamos fazer o melhor possível, tentando não perder a lucidez e a racionalidade. Há alguns dados objetivos do passado recente de equipas que se desfocaram um bocadinho do seu objetivo fundamental e o que nós queremos é aprender com aquilo que é feito, com os erros que foram cometidos, para não cometer os mesmos. O ano que vem vai ser de riscos e de dificuldades», assumiu o técnico à margem das conferências do Professor Manuel Sérgio a decorrer em Lisboa.

Quanto a propostas, o treinador continua a a afirmar que «não houve nada de concreto» e caso houvesse seria decidido entre ele e o clube. «Tenho contrato com o Vitória. Se estamos a falar de grandes clubes, o Vitória é um grande», referiu, voltando a negar qualquer sondagem do Benfica.

Rui Vitória insere-se numa nova leva de treinadores portugueses que despoletaram. Referido como possível sucessor de Jorge Jesus no Benfica, o treinador salientou que «há um fenómeno que se está a passar em Portugal há uns anos em se procura um treinador que venha do nada», quase uma buscar por um novo fenómeno Mourinho.

«Há uns anos andava-se à procura de treinadores experientes, que tivessem passado por muitas expêriencias. Há alguma preocupação dos diretores, de quem manda, de descobrir alguém de novo. Só que não se descobrem treinadores novos todos os dias e não me parece que seja esse o caminho», concluiu.