O presidente do Sporting, Frederico Varandas, disse hoje que tem "boas expectativas" sobre o processo de reestruturação financeira do clube, que estará prestes a ser finalizado, e lamentou as críticas internas ao "primeiro desaire".
"A situação financeira está muito melhor do que estava em setembro de 2018. É a ideal? Não e isso limita-nos no mercado, claro. A reestruturação financeira é um processo longo e muito duro, mas leal, que estamos a ter com os bancos. Defendemos os nossos interesses e os bancos os deles, está prestes a finalizar e temos boas expectativas destas negociações, mas não posso entrar em detalhes", disse, numa entrevista de 50 minutos à Sporting TV realizada na Academia do clube, em Alcochete.
Frederico Varandas, que tomou posse como presidente do Sporting em 09 de setembro de 2018, disse que o balanço do seu primeiro ano de mandato "é muito positivo".
"Encontrámos um clube estilhaçado, os cinco principais jogadores tinham rescindido sem compensação financeira e desportiva, tínhamos necessidades de tesouraria de 100 milhões de euros, 42 dos quais a clubes que ninguém pagou e tivemos que pagar nós", começou por explicar.
Varandas lembrou que, para isso, teve que fazer um empréstimo obrigacionista e a securitização do contrato da NOS em pouco tempo.
"Conseguimos resolver alguns processos de rescisão, conseguimos um terceiro lugar e dois títulos [taças da Liga e de Portugal], isto é uma época muito positiva", disse.
Varandas, que elegeu como melhor momento o dia seguinte à conquista da Taça de Portugal na época passada e o pior a final da Supertaça, em agosto passado (derrota por 5-0 com o Benfica), disse ainda que, hoje, o "Sporting está muito melhor, muito mais governável".
O presidente do Sporting lamentou ainda a contestação interna que se sente "só nos desaires".
"Ao primeiro desaire aparecem os esqueletos do armário do costume«, mas não ouvi uma palavra quando ganhámos a Taça da Liga e a Taça de Portugal. Eu tenho defeitos, mas não sou estúpido e os sportinguistas também não gostam disso. Sem humildade democrática, intitulam-se porta-vozes da desgraça", disse.
O líder dos 'leões' disse ainda que a prioridade do próximo ano é "continuar com muito rigor financeiro e, desportivamente, uma aposta forte na formação".
"Não tenho medo do caminho das pedras, já andei sobre lama, pedras e até a dispararem sobre mim, haja cães a ladrar, haja tiros, este é o caminho que o Sporting vai fazer", frisou.
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