Vítor Pereira disse na Assembleia da República, na antepenúltima audição a propósito da petição de Rui Santos sobre a adopção de novas tecnologias para a verdade desportiva, que os sistemas electrónicos poderão ser um contributo para "a eficácia nos desempenhos" dos árbitros.

No entender do dirigente, que lembrou ter já a Liga introduzido meios tecnológicos "no âmbito do treino e da competição", os meios auxiliares poderão "aumentar a verdade desportiva e a credibilidade da modalidade".

"Nesse sentido, o papel dos dirigentes da arbitragem e também do futebol é mostrarem o seu inconformismo relativamente ao presente e tentar encontrar medidas e soluções que permitam melhorar o futuro", disse o dirigente da comissão responsável pelos árbitros nas ligas profissionais.

Realçando que os árbitros estão receptivos, Vítor Pereira observou que a decisão de introduzir novas tecnologias é da competência de "instâncias superiores" e defendeu que adopção da bola com um "chip" seria o meio electrónico que poderia ser introduzido.

"Pela experiência que tenho, e pelo modo como tem sido discutida esta temática, a introdução da chamada ‘bola inteligente’, que é para aferir se ela entrou completamente na baliza, será aquele meio que pode ser com maior facilidade implementado", disse, acrescentando que "outras obrigarão a reflexão mais aturada".

O presidente da APAF (Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol), Luís Guilherme, também foi ouvido pela comissão parlamentar, na oitava e última audição da comissão.

O dirigente da estrutura representativa dos árbitros corroborou com a introdução de novas tecnologias com o fim da verdade desportiva.

No âmbito da petição, a Comissão Parlamentar da Educação e Ciência realizou audições com o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, a Liga Portuguesa do Futebol Profissional, o Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, a Associação Nacional de Treinadores de Futebol e a Federação Portuguesa de Futebol.