A eventual fuga ao fisco belga por parte do empresário Luciano D'Onofrio nas comissões das transferências de Vítor Baía, Rui Barros e Sérgio Conceição foi o motivo da busca efectuada quarta-feira pela polícia portuguesa e belga aos escritórios da SAD do FC Porto, no Estádio do Dragão.

Segundo fonte próxima ao processo, a polícia portuguesa recebeu uma carta rogatória das autoridades belgas em que pedia que fosse recolhida documentação no FC Porto sobre as transferências dos três jogadores.

"Como sabem, está a decorrer uma investigação, nomeadamente sobre a minha transferência para Barcelona. Vim aqui colaborar com a polícia belga e passei este tempo como testemunha e colaborador", explicou Baía.

Escusando-se a confirmar uma investigação ao empresário Luciano D'Onofrio, o actual director de relações externas do FC Porto disse não ter qualquer tipo de responsabilidade na matéria e reiterou a sua presença na PJ enquanto "testemunha e colaborador".

"Não vou fazer comentários sobre esse tema (Luciano d'Onofrio). Vim colaborar e ajudar a polícia belga a averiguar todas as questões. Não tenho qualquer tipo de responsabilidade. A minha imagem continua igual", sintetizou.

Vítor Baía foi ouvido aproximadamente durante três horas.