O presidente do Boavista, Vítor Murta, afirmou hoje que Petit é “o melhor treinador da história do clube”, e que o emblema ‘axadrezado’ “tem o ADN” do técnico, enquanto segue na liderança da I Liga de futebol.

Na cimeira Thinking Football Summit, a decorrer desde quinta-feira e até hoje, o presidente das ‘panteras’ deixou fortes elogios a Petit, o homem por si eleito para liderar o projeto futuro do Boavista, deixando também uma ressalva para o seu legado deixado enquanto futebolista, “um médio de seleção que pôs o Boavista a jogar de forma fantástica”.

“Há pessoas que dizem que o Petit é o melhor treinador para este Boavista. Eu discordo. Acho que o Petit é o melhor treinador para este e para todos. Quando tivermos ambições um bocadinho maiores, se ele quiser, continuará a ser o nosso treinador. É um ser humano fantástico, apesar das dificuldades, não larga o barco, vai para a frente, apoia o presidente. Posso dizer que o Petit é, sem dúvida, o melhor treinador da história do Boavista”, elogiou.

Em ano do 120.º aniversário do clube, apesar do fulgor que o Boavista tem apresentado nesta edição do campeonato, com três vitórias e um empate em quatro jogos, e da consolidação no principal escalão desenvolvida desde 2014, o dirigente coloca um ‘travão’ nas aspirações aos lugares europeus, apontando ao objetivo de “vencer jogo a jogo”.

“Um dos erros que cometi quando tomei posse no Boavista, quando eu queria ser presidente e falar coisas de que os sócios gostam, foi dizer: ‘Vamos às competições europeias, ganhar uma taça’. Eu acho que nós nisto não podemos ser emocionais. Neste momento, como responsável que sou, digo apenas que o Boavista luta exclusivamente pelos três pontos. Temos noção da nossa dimensão e há clubes que foram às competições europeias e desceram de divisão”, ressalvou.

Murta, uma vez mais, contestou o pouco destaque dado pela comunicação social aos clubes de menor dimensão da I Liga, que considera discutir maioritariamente assuntos exteriores ao futebol em si, que depois se refletem num clima pouco saudável à promoção da modalidade, concordando com as recentes declarações de Cristiano Ronaldo.

“Se nós os pequenos formos mais competitivos, tornamos a Liga muito mais interessante e é mais fácil vendê-la para fora do que isto, andarmos a falar de tomadas. ‘Ai, o Taremi simula’. E qual é o problema? Está lá a fazer o papel dele e o árbitro e o videoárbitro que façam os seus. Cada um tem o seu papel, temos de cuidar do futebol e deixar de dar esses tais ‘tiros nos pés’”, contestou.

A segunda edição da cimeira Thinking Football Summit, evento organizado pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), que termina hoje, no Palácio de Cristal (Porto), tem diversos painéis de discussão que englobam as várias dimensões da modalidade, agregando “profissionais da indústria, empresas, adeptos e estudantes”.