O Vitória de Guimarães, da I Liga de futebol, terminou a época 2016/17 com um resultado líquido positivo de 798.005 euros, o primeiro desde 2008/09, e baixou o passivo para os 9,9 milhões.

Após o prejuízo de 254 mil euros em 2015/16, o Relatório e Contas da época passada, publicado no sítio oficial vitoriano no domingo, apresentou uma melhoria superior a um milhão de euros, que resultou principalmente da atribuição de 906 mil euros de lucros da SAD, detentora do futebol profissional e da maioria do futebol de formação (lucro total de 2,8 milhões), ao clube, detentor de 40% das ações.

Os rendimentos do clube, que congrega parte do futebol de formação, modalidades e gestão das piscinas, cresceram dos quatro para os 5,3 milhões de euros (mais de 31%), também graças ao "aumento do valor relativo a cobrança de quotas (cerca de 150.000 euros)", dos "ganhos de publicidade" e das "rendas recebidas", indica o documento.

Já os gastos também subiram, mas dos 3,1 para os 3,4 milhões de euros, o que permitiu um resultado operacional positivo de 1,9 milhões de euros, reduzido depois para os 800 mil euros, em virtude das depreciações e amortizações (838 mil euros) e dos juros (253 mil euros).

O passivo do clube fixou-se nos 9,9 milhões de euros, depois de, em 2015/16, se ter registado um valor de 10,8 milhões, tendo caído pela quinta temporada consecutiva - no final de 2011/12, o passivo era de 24 milhões.

A variação ficou a dever-se à redução do passivo não corrente - dívidas, por norma, com um prazo superior a um ano para serem pagas - dos 8,5 para os 7,5 milhões de euros, já que o passivo corrente subiu de 2,3 para 2,4 milhões, na sequência dos aumentos das dívidas para com os fornecedores e o Estado e outras entidades públicas.

O clube registou ainda uma subida do capital próprio dos 25,2 para os 25,9 milhões de euros, depois de três anos de quebra, já que o ativo sofreu uma redução inferior à do passivo, de cerca de 250 mil euros, para os 35,8 milhões.

O Conselho Fiscal emitiu um parecer favorável ao Relatório e Contas por "unanimidade" e com um "voto de louvor", destacando que os indicadores apontam para uma "total estabilização financeira", que permite ao clube "suprir os seus compromissos com recurso a fundos próprios".

O parecer refere ainda que o clube pode "almejar" doravante um "futuro de maior tranquilidade ambição", apesar de aspetos como a "reformulação do modelo de quotização" e o investimento quer para "melhorar e aumentar o património do clube" quer nas modalidades merecerem "reflexão".

O Relatório e Contas vai ser submetido à votação dos sócios na Assembleia-Geral, entretanto adiada de sábado, 14 de outubro, para domingo, pelas 09:00, em virtude do jogo com o Vidigueira, no sábado, para a Taça de Portugal de futebol.