Os órgãos sociais do Leixões demitiram-se na terça-feira após terem sido apresentados documentos que davam conta da intenção da direção de pagar 220 mil euros ao presidente da assembleia geral, Manuel Dias, disse à Lusa fonte do clube.

A demissão ocorreu durante a assembleia geral extraordinária convocada para apresentar as contas do clube, depois de, a 20 de outubro, esta ter sido impugnada devido a não terem sido cumpridos os prazos para a sua apresentação.

A fonte do clube da II Liga portuguesa explicou que no decurso da reunião magna "foram apresentados documentos que acusam o presidente da assembleia geral [Manuel Dias] de ir receber uma comissão das verbas das bombas da Repsol", exploradas pelo clube de Matosinhos.

Segundo a mesma fonte, "trata-se de um contrato em que, supostamente, o Leixões cederia 220 mil euros em favor de Manuel Dias".

Na sequência desta revelação, direção, assembleia geral e conselho fiscal apresentaram a demissão.

Destinada à apreciação dos exercícios, entre 17 de fevereiro de 2017 e 30 de junho do mesmo ano, e de 01 de julho de 2017 e 30 de junho de 2018, a reunião magna também não aprovou as contas.

Das contas em apreciação, a direção apresentou um saldo positivo de 1.427 euros no final da época 2017/18, depois de, na de 2016/17, ter fechado com um saldo positivo de 23.719 euros.

O passivo regista também uma ligeira diminuição, passando de 5,46 milhões de euros em 2017 para 5,45 milhões de euros, no final da última época.