O Arouca desmentiu esta terça-feira, através de comunicado, todas as notícias sobre o alegado pedido de insolvência da SDUQ e a rescisão coletiva com todos os jogadores do plantel.
“Tudo o que foi escrito até à presente data é absolutamente falso. Na verdade, tal como acontece com outras equipas de futebol nesta fase da época, os jogadores não foram convocados para qualquer treino desde o último jogo oficial”, escreveu o clube na rede social Facebook.
O comunicado surgiu depois de, pela manhã, terem surgido notícias, divulgadas pelo Sindicato dos Jogadores (SJ), de que o plantel, despromovido no domingo ao Campeonato de Portugal, se deparou com as instalações do clube encerradas quando se apresentou para treinar.
“Se não foram convocados, não têm a obrigação de comparecer no seu posto de trabalho, estando livres para ocuparem o tempo da forma que querem. Os jogadores têm perfeito conhecimento disso”, prossegue o comunicado.
O Arouca não pode, ainda, “deixar de lamentar e condenar veementemente a atitude e declarações do presidente do sindicato dos jogadores que, sem nunca ter contactado ninguém da estrutura do clube, preferiu ‘montar o circo’ – como é seu hábito, aliás - proferindo declarações” que o clube repudia “absolutamente”.
A estrutura da FC Arouca SDUQ reconhece que se encontra “num período de reflexão, com vista a analisar a passada época desportiva”, lembrando que “só passaram dois dias após a descida de divisão”.
“Quando se quer tomar decisões com responsabilidade, exige-se tempo. Não se pode esperar que se tomem decisões ao sabor da vontade de terceiros”, pode ainda ler-se no comunicado, onde o clube lembra que “com maior ou menor dificuldade”, sempre se esforçou para “cumprir com todas as obrigações” assumidas.
O Arouca lembra que não deve milhões de euros, não tem “vários meses de salários em atraso”, nem deve “um cêntimo à Autoridade Tributaria e Segurança Social”.
“Lembramos que as pessoas que, sem qualquer fundamento, estão a ser postas em causa, são as mesmas que tanto deram ao nosso clube e que, entre outros exemplos, ajudaram a que competisse na I Liga e na Liga Europa”, escreveu ainda o Arouca.
A terminar, o clube exige “o respeito de todos os sócios e simpatizantes”, recordando que “a defesa dos interesses da instituição e dos seus sócios está, e estará, sempre em primeiro lugar”.
No domingo, o Arouca foi despromovido ao Campeonato de Portugal, ao perder na visita à Oliveirense por 2-1, em jogo da 34.ª e última jornada da II Liga, na qual terminou em 16.º e antepenúltimo lugar.
Leia o comunicado na íntegra
"Face aos últimos acontecimentos vindos a público e em abono da verdade, a F.C. Arouca S.D.U.Q. vem por este meio informar e esclarecer:
1. Tudo o que foi escrito até à presente data é absolutamente falso.
2. Na verdade, tal como acontece com outras equipas de futebol nesta fase da época, os jogadores não foram convocados para qualquer treino desde o último jogo oficial.
3. Logo, se não foram convocados, não têm a obrigação de comparecer no seu posto de trabalho, estando livres para ocuparem o tempo da forma que querem.
4. E os jogadores têm perfeito conhecimento disso.
5. Se quiseram comparecer no seu posto de trabalho, fizeram-no de livre e espontânea vontade e sem que existisse qualquer obrigação de comparência nem expectativa de falar com os dirigentes.
6. Por outro lado, não podemos deixar de lamentar e condenar veementemente a atitude e declarações do presidente do sindicato dos jogadores que, sem nunca ter contactado ninguém da estrutura do clube, preferiu "montar o circo" – como é seu hábito, aliás - proferindo declarações que repudiamos absolutamente.
7. Se tivesse efetivo interesse em saber o que está a acontecer, teria contactado algum dos dirigentes e estes esclareciam. Nunca se dignou em fazê-lo.
8. Porém, preferiu vir a praça pública linchar uma estrutura que sempre cumpriu com as suas obrigações.
9. Nesta fase, naturalmente, a estrutura da F.C. Arouca S.D.U.Q. encontra-se num período de reflexão com vista a analisar a passada época desportiva.
10. Lembramos que só passaram dois dias após a descida de divisão.
11. Quando se quer tomar decisões com responsabilidade, exige-se tempo.
12. Não se pode esperar que se tomem decisões ao sabor da vontade de terceiros.
13. Com maior ou menor dificuldade, sempre nos esforçámos para cumprir com todas as obrigações que assumimos.
14. Ao contrário de outros clubes que competem nas ligas profissionais, não devemos milhões de euros, não temos vários meses de salários em atraso, nem devemos um cêntimo à Autoridade Tributaria e Segurança Social.
15. Lembramos que as pessoas que, sem qualquer fundamento, estão a ser postas em causa, são as mesmas que tanto deram ao nosso clube e que, entre outros exemplos, ajudaram a que competisse na Liga Portugal e na Liga Europa.
16. Por isso, exige-se o respeito de todos os sócios e simpatizantes do clube.
17. Pois a defesa dos interesses da instituição e dos seus sócios está, e estará, sempre em primeiro lugar."
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