A Associação Académica de Coimbra (AAC) emitiu hoje um comunicado a dizer que o nome e o símbolo não estão "à venda", a propósito das eleições para o Organismo Autónomo de Futebol (OAF), que se realizam no sábado.
A estrutura estudantil esclarece que a AAC "disponibiliza-se sempre para colaborar com qualquer órgão social legitimamente eleito e com qualquer modelo de gestão do OAF, desde que o controlo da maioria esteja salvaguardado e dependa única e exclusivamente dos seus sócios, o que implica a não submissão a interesses económicos".
A reação surge um dia depois do candidato às eleições da Académica/OAF Pedro Roxo ter anunciado que existe um parceiro financeiro interessado em investir 30 milhões de euros na ‘briosa’ em 10 anos, se o clube alterar o atual modelo de gestão.
Numa apresentação à comunicação social das bases do seu projeto, o candidato da Lista C disse na segunda-feira que o parceiro financeiro, cujo nome não revelou por questões de confidencialidade, está disposto a investir 10 milhões de euros no primeiro ano, sem contar com o investimento no futebol profissional, desde que o clube constitua uma SAD, em vez do modelo atual de Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas (SDUQ).
"Os sócios da Académica/OAF têm liberdade e total legitimidade para escolher os órgãos sociais e o modelo de gestão que entenderem, sempre com a clara noção que o nome e o símbolo da AAC são pertença da Casa Mãe, definidos em protocolo entre as partes como pertença, única e exclusivamente, da Direção-Geral da AAC, enquanto símbolos da Academia", refere o comunicado.
A nota refere que esta é a "única posição de princípio, indisponível a negociação, que a AAC tornará pública, para que não existam futuros equívocos"
"Acreditamos numa AAC unida, independente e com uma identidade comum, património coletivo que nos marca a todos há 131 anos. Tal visão não se coaduna com um controlo maioritário externo", conclui o documento.
Pedro Roxo, engenheiro de profissão, vai disputar as eleições para a direção da Académica/OAF, marcadas para o dia 01 de junho, com o médico Joaquim Reis, antigo vice-presidente da direção entre 2014 e 2016, na altura liderada por José Eduardo Simões, que defende a manutenção do modelo SDUQ.
Comentários