Carlos André Gomes, candidato à presidência do Marítimo, adiantou na apresentação da sua lista que a direção do clube será a mesma nas sociedades anónimas desportivas (SAD) de futebol e andebol.

“Os mesmos elementos estarão na direção do clube, na SAD do futebol e na SAD do andebol. Não haverá modelos bicéfalos”, explicou o líder da Lista A, adiantando ainda que o futebol passa a ser responsabilidade direta do dirigente máximo.

O investigador, de 53 anos, que apresenta a sua candidatura com o lema ‘Em honra da tua história’, não esconde o trabalho árduo que tem pela frente, mas garantiu que a sua equipa assumiu este projeto, porque “tem confiança de que dará a volta e encontrará as soluções que o Marítimo precisa”.

“Os primeiros oito meses são fundamentais, sendo os primeiros quatro de diagnóstico e os segundos para desenvolver as soluções”, explicou Carlos André Gomes, que tem como objetivos principais subir à I Liga de futebol ainda esta época, tornar o clube numa entidade formadora e implementar uma cultura empresarial, apenas trazendo o rigor para dentro da instituição “e não tornar o clube numa empresa”.

Questionado sobre o atrito entre o técnico Tulipa e alguns adeptos no final do encontro em Leiria, que terminou com um desaire dos madeirenses, por 4-3, o candidato garantiu que viu uma ausência de liderança, porque nenhum dirigente esteve junto da equipa técnica e jogadores quando os ânimos se exaltaram.

“Aquilo que vi foi uma ausência de liderança que permitisse ao Tulipa também estar defendido nas suas costas. Enquanto direção temos de dar um sinal para toda a equipa e para todo o futebol de que somos uma equipa unida, com uma liderança forte e que estará sempre presente nos momentos bons, que é fácil, mas essencialmente nos momentos maus que é quando a equipa precisa”, frisou.

Para a direção do emblema insular, Carlos André Gomes apresentou Vítor Calado para vice-presidente para a área administrativa e financeira, Rubina Gonçalves como vice-presidente para a área jurídica, comunicação e relações externas, Jorge Freitas como vice-presidente para o património e atividades amadoras e Gonçalo Romão para vogal efetivo.

O conselho fiscal tem para presidente Miguel Silva Gouveia, além de André Gonçalves (vice-presidente), Oribaldo Sousa (secretário), João Gouveia (vogal) e Aldino Gomes (vogal).

Para a Mesa de Assembleia Geral, a lista apresenta como candidato a presidente Tranquada Gomes, e Bruno Melim como vice-presidente e André Freitas como secretário efetivo.

Sobre a atual direção garantiu que “houve muita falta de lealdade e um sinal claro do presidente Rui Fontes, que disse que sentiu falta de solidariedade”.

“Quem está connosco tem de ser leal e solidário. Não pode abandonar o barco e, depois, voltar a candidatar-se, porque acha que não tem nada a ver com o que se passou atrás”, sublinhou, referindo-se a Carlos Batista, vice-presidente demissionário da direção de Rui Fontes e dirigente, ainda em funções, da Sociedade Anónima Desportiva ‘verde rubra’, e único oponente na corrida ao cargo de presidente do emblema insular.