O futebolista Bock, do Freamunde, disse, esta quarta-feira, ter recusado vários convites ao longo da carreira para jogar no estrangeiro, por não ter espírito de emigrante, o que não o impediu de ter feito «um bom pé-de-meia».
«Quando estava no Vizela, podia ter saído para França, mas, ao longo da carreira, recebi vários convites, alguns deles tentadores, para jogar no estrangeiro, mas nunca tive vocação para emigrante», disse Bock, em declarações à agência Lusa, numa lista que incluía, além de franceses, clubes árabes e cipriotas.
As recusas do avançado, que hoje completa 37 anos, fizeram-no perder bons contratos, o que não o impediu de ter feito «um bom pé-de-meia».
«Consegui fazer um ‘pé-de-meia’, sem jogar no estrangeiro ou na I Liga, mas também sempre tive a cabeça no sítio e nunca fui de grandes gastos. Ter casado aos 25 anos também me deu muita estabilidade», justificou.
As origens humildes, garantiu, cedo o ensinaram a perceber o valor do dinheiro e a importância de poupar, evitando gastos desnecessários.
Bock exemplifica: «Tenho a minha vaidade, mas não gosto de esbanjar. À mesa, por exemplo, prefiro bacalhau com natas ou cabrito, mas não sou esquisito. Como vim de um meio pobre, sempre me habituei a comer o que me punham no prato».
O camisola oito do Freamunde, número que adotou em homenagem a João Vieira Pinto, o seu ídolo, elegeu Jorge Regadas e Nicolau Vaqueiro como os treinadores que melhor souberam tirar proveito das suas capacidades e o defesa Cláudio, atualmente no Gil Vicente, como o adversário mais difícil.
Mais perto do final da carreira, o "capitão" do Freamunde disse que o seu futuro deve passar pelo cargo de treinador ou de diretor desportivo, por não conseguir viver afastado do futebol, apesar de ainda hoje admirar quem exerce advocacia.
«Obsessivo e difícil em campo» e «amigo do amigo» fora dele, Bock olha para o futuro da modalidade com preocupação, admitindo que «a única maneira de o futebol sair da crise será os clubes limitarem as despesas àquilo que podem realmente pagar».

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