O Cova da Piedade ainda não liquidou os ordenados de março, mas a situação é “pontual” e será desbloqueada “nos próximos dias”, explicou à Lusa uma fonte oficial do clube da II Liga portuguesa de futebol.
O atraso causou apreensão entre os jogadores, mas a mesma fonte garantiu que não está relacionado com um eventual recurso ao regime de ‘lay-off’ e esclareceu que o mês de março será sempre pago “na íntegra”, conforme exigido pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional.
A SAD piedense ainda não decidiu se avança para o ‘lay-off’ para fazer frente à quebra de receitas provocada pela pandemia de COVID-19 e os jogadores também não foram contactados para negociar qualquer solução, de acordo com outra fonte ligada ao clube da margem sul do Tejo.
Os atletas estão dispostos aceitar um corte até 20%, na condição de que os valores sejam recuperados quando voltarem à competição, mas só o farão se houver abertura da parte da administração para chegar a um acordo, o que até agora, dizem, ainda não se verificou.
Além disso, os jogadores acreditam que o ‘lay-off’ não é aplicável às sociedades desportivas e garantem que não estarão dispostos a negociar posteriormente, no caso de a SAD decidir avançar unilateralmente para essa medida e esta vir a ser declarada ilegal pelas instâncias superiores.
O Cova da Piedade encontra-se nas posições de descida da II Liga, ocupando o 17.º lugar, a sete pontos do Vilafranquense, primeira equipa acima da ‘linha de água’.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da COVID-19, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 96 mil.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, já se registaram 435 mortos e 15.472 infetados.
Comentários