A Oliveirense anunciou hoje a recusa em “pactuar com a pressa que pode prejudicar”, referindo-se às decisões que a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) tem tomado nas descidas e subidas de divisão, após fechar a II Liga.
“É com admiração que testemunhamos que há significativa urgência em terminar com a II Liga, em definir critérios de subidas e descidas de divisão e, simultaneamente, em garantir que a I Liga regresse aos relvados. Nós não pactuamos com a pressa que tanto pode prejudicar as decisões que, no nosso entender, devem ser ponderadas, equilibradas e ajustadas à dura realidade que todos enfrentamos”, referiu o clube, em comunicado.
Depois de, na sexta-feira, ter acusado de “incoerência” a decisão de retomar a competição no escalão principal, mas não da II Liga, o clube sublinha que quer voltar a jogar esta temporada e acusa a entidade responsável de querer apressar as subidas e descidas de divisões.
“A II Liga não pode ser cobaia de soluções apressadas que invertam a lógica profissional dos 34 clubes que compõem a Liga Portugal. Precipitar subidas à II Liga, descidas ao Campeonato de Portugal, ou ainda, alargamento do quadro competitivo da competição não é um caminho seguro para os clubes e respetivas sociedades desportivas”, continua a nota.
O emblema salientou ainda que “não é absoluto” que a I Liga regresse à competição, nem “liquido que essa competição recomece e termine na última jornada” e que, por isso, não se deve decidir o escalão secundário sem saber como vai terminar o principal.
Os oliveirenses dizem ainda que o seu departamento médico esteve empenhado em encontrar as melhores soluções, mas que “as soluções só serviram os clubes da I Liga”.
“Ao invés da I Liga, as equipas da II Liga foram privadas de obter receitas, receber verbas provenientes dos direitos televisivos e patrocínios diretos porque a nossa competição foi atirada para a secretaria”, refere o clube.
A Oliveirense diz ainda compreender “as explicações dadas na reunião de presidentes com a Liga”, realizada na sexta-feira, mas acrescentam querer “mais e melhores soluções, explicações escritas e sustentadas, e solidez nas ações”.
A Oliveirense agradeceu a posição da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e do seu presidente, Fernando Gomes, por ter disponibilizado um milhão de euros para compensar os clubes da II Liga, mas que esse valor repartido é “claramente reduzido e desajustado” com o orçamento da equipa.
“O facto de a Oliveirense aparecer como signatária de um comunicado, divulgado na passada sexta-feira, em conjunto de alguns clubes da II Liga, não quer dizer que a nossa Sociedade Anónima Desportiva concorde com tudo o que vierem a propor”, explica.
O documento dos oliveirenses questiona também como “serão defendidos os interesses dos clubes”, referindo que sabe pela imprensa que há novas reuniões agendadas e que o clube “está à margem desse processo”.
Antes de a época ser suspensa devido ao novo coronavírus, a formação de Pedro Miguel ocupava o 10.º lugar da classificação do escalão secundário do futebol nacional.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de COVID-19 já provocou mais de 243 mil mortos e infetou mais de 3,4 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.043 pessoas das 25.282 confirmadas como infetadas, e há 1.689 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
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