O passivo do Desportivo de Chaves subiu cerca de 33 mil euros para 1,174 milhões de euros, segundo o relatório de contas aprovado hoje em assembleia-geral do clube, que divulgou ainda o fim do plano de insolvência.

Nas contas apresentadas relativas à temporada 2019/2020, afetada pela pandemia de covid-19, o passivo do emblema transmontano subiu cerca de 33 mil euros, fixando-se agora em 1,174 milhões de euros.

O vice-presidente da direção, Rui Martins, explicou que o exercício financeiro foi condicionado com a pandemia de covid-19, destacando que só em quotas de associados recebidas o valor baixou de 363 mil euros para 225 mil euros.

E destacou ainda o valor de 108 mil euros disponibilizado pela SAD do clube para que o Desportivo de Chaves pudesse “cumprir os compromissos assumidos”.

O emblema de Chaves apresentou ainda um resultado líquido positivo de 1.084 euros.

Numa assembleia-geral com apenas cerca de 15 associados presentes, o relatório de atividades e contas relativo à época 2019/2020 foi aprovado por unanimidade.

O presidente da direção, Bruno Carvalho, revelou que já foi pago no último trimestre de 2020 a última prestação do plano de insolvência que a atual direção assumiu em 2011.

“Consideramos a partir desta data o plano de insolvência integralmente cumprido”, destacou.

O presidente da mesa da assembleia-geral, Fernando Campos, propôs à assembleia um "voto de aclamação” pelo final do plano de insolvência.

O Desportivo de Chaves foi resgatado da insolvência em 2011, quando o investidor e agora presidente honorário do clube, Francisco Carvalho, assumiu os destinos do clube.

A equipa principal compete atualmente no segundo escalão do futebol português.

Bruno Carvalho destacou ainda que, devido à pandemia, o clube teve de suspender a sua atividade, recorrer ao lay-off e a financiamento por parte da SAD.

“A segunda vaga preocupa-nos muito e continuamos a avaliar a situação para arrancar com a formação no futebol assim que seja possível”, destacou.

O dirigente realçou ainda que, apesar dos jogos da equipa principal se desenrolarem sem público, as quotas dos associados não são destinadas à equipa profissional, mas para o clube manter as portas abertas e apoiar as modalidades em que está envolvido, apelando ao pagamento destas.

Antes do início dos trabalhos foi guardado um minuto de silêncio em memória de Vítor Oliveira (ex-treinador), Jaime Melo (pai do ex-jogador Diamantino Braz), António Setas (sócio fundador e ex-jogador) e por Rui Viana (ex-treinador adjunto), que faleceram recentemente.