O Leixões repudiou hoje as insinuações da administração da SAD de que os incidentes verificados no último jogo, no Estádio do Mar, foram desencadeados por pessoas da sua direção e face à gravidade das afirmações promete agir judicialmente.
O clima de ‘guerrilha verbal’ entre o clube, liderado por Duarte Anastásio, e a SAD do Leixões, presidida por Paulo Lopo, teve o mais recente episódio após o jogo com o Varzim (0-1), no fim do qual se verificaram alguns atos de violência.
A SAD do Leixões, num extenso comunicado, entre outros pontos, acusou o presidente do clube, Duarte Anastácio, de estar por trás dos atos de violência, retirou o apoio à claque do clube e escalpelizou a relação entre ambos os organismos.
Na segunda-feira, Paulo Lopo informou ter suspendido as suas funções no Leixões, de 06 de agosto até ao dia do ato eleitoral do Sporting, uma vez que integra a lista do candidato leonino Rui Rego como pretendente à presidência da SAD de Alvalade.
Num comunicado de 30 pontos de resposta à SAD, o clube refere o esforço na manutenção de boas relações institucionais e esclarece algumas das acusações imputadas ao presidente Duarte Anastácio, negando que ele seja movido por ambição pessoal.
“É rotundamente falso que alguma vez o presidente do clube tenha, em proveito próprio, encetado tentativas para a aquisição da maioria do capital social da SAD”, refere a nota do clube, publicada nos canais de informação do Leixões.
O Leixões rebate ainda pontualmente as referências feitas no comunicado à sua gestão corrente, penhoras e situação fiscal e nega, por exemplo, “que alguma vez a Leixões SAD tenha pago a verba de 15 mil euros para fazer face a cheques do clube”.
“É no mínimo estranho a informação veiculada pela Leixões SAD que o PER do Leixões Sport Club caiu no passado mês de julho. Na verdade, a direção do Leixões Sport Club nunca foi notificada de tal decisão, o que, a ser verdade, teria necessariamente de ter acontecido”, refere a nota.
Aliás, prossegue o comunicado, “é do conhecimento desta direção que o único plano especial que tenha caído foi o PERES da Leixões SAD. É rotundamente falso que o valor da divida do PER tenha duplicado, sendo extremamente grave que um assunto tão delicado seja comentado levianamente pela Leixões SAD”.
O clube confirma que o Leixões deixou de beneficiar da isenção do pagamento do IMI do Estádio do Mar, “o que originou que o mesmo não tenha vindo a ser pago”, mas refere que tal se deveu “única e exclusivamente a direções anteriores”.
“Na realidade, foi durante o mandato da administração liderada por Carlos Oliveira que o Leixões Sport Club perdeu o estatuto de Utilidade Publica”, e, por consequência, a isenção do IMI, esclarece o comunicado.
O clube refere que “a assinatura do plano de intenções com os antigos sócios da PlayFair teve como objetivo não ‘um golpe de estado’, mas sim a instauração de uma política transparência na administração da Leixões SAD, o que não acontece até à data”.
O comunicado aborda ainda o processo estagnado da nomeação de Duarte Anastácio como administrador na Leixões SAD, formalizado em 2017, e considera, no mínimo, ridícula a afirmação da necessidade de uma auditoria às contas do clube.
“Agradecemos a sentida preocupação manifestada pela Leixões SAD na gestão do nosso clube. Atrevemo-nos a sugerir a comparência dos membros da administração da Leixões SAD na próxima AG do Leixões, onde terão a oportunidade de partilhar com os restantes associados as suas sugestões e preocupações, tudo em prol da melhoria do nosso clube”, referem.
No comunicado, a direção do clube confirma que o Leixões “não pode receber a verba da Câmara Municipal de Matosinhos referente ao associativismo, em virtude da existência de divida à Autoridade Tributária”, mas nega “a existência de dívida à segurança social”.
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