A direção do Leixões, da II liga de futebol, apresentou a demissão depois de ter sido "surpreendida e não consultada" sobre a marcação da Assembleia Geral (AG) agendada para o dia 30 de julho.
Também o Conselho Fiscal (CF), por solidariedade, avançou com igual pedido, tendo ambas as saídas sido comunicadas na sexta-feira à noite, dois dias depois do mesmo ter sido dado conhecimento ao presidente da mesa da AG, Manuel Leão Tavares.
"Tomámos esta decisão em consciência, uma vez que o fecho contabilístico do Leixões ocorre a cada 30 de junho e, como tal, a data que nos foi imposta inviabiliza as condições mínimas para que essa contabilidade esteja concluída, facto que impede o cumprimento do principal ponto da ordem de trabalhos: Apreciar e deliberar sobre os Relatórios de Gestão e Contas referentes às épocas de 2014/15 e 2015/16'", argumentou a direção.
No comunicado, a direção informou estar agora "aberto um novo processo eleitoral" e que se "vai manter em funções até à tomada de posse da nova direção", posição reafirmada pelos membros do CF que salientaram a "absoluta necessidade" de não colocar em risco os recentes acordos com as autoridades - no que se refere ao plano de pagamento da dívida que resulta da homologação do Processo Especial de Revitalização.
Os membros do CF agradeceram ainda ao ex-presidente Carlos Oliveira - que apresentou a demissão no dia 13 de julho - "cuja liderança, dedicação, competência, seriedade e resiliência foram absolutamente decisivas para o Leixões se encontrar hoje vivo, saudável, organizado e com futuro, num contraste gritante com tantos anos de angústia e incerteza".
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