A garantia foi dada hoje pelo presidente do clube, Lopes de Castro, numa Assembleia-Geral que serviu para debater com os sócios a actual situação financeira do Varzim.
Segundo Lopes de Castro, o clube terá na próxima segunda feira as certidões de inexistência de dívidas à Segurança Social e às Finanças, o que lhe permitirá levantar junto da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim as verbas relativas ao protocolo anual da formação e de publicidade.

“Na próxima semana vamos tentar pagar cerca de três meses e meio de salários [40 por cento de Dezembro, Janeiro, Fevereiro e Março]. Já teremos as respectivas certidões, ficamos apenas dependentes da disponibilidade financeira da Câmara”, esclareceu.

Lopes de Castro afirmou ainda que parte da verba poderá também ser usada para pagar “compromissos em atraso com funcionários e com técnicos da formação”

Nesta Assembleia-Geral, a Direcção apresentou os actuais números das dívidas a pessoal: 161 mil euros a jogadores, 17 mil à equipa técnica, 54 mil a funcionários e 80 mil a jogadores de épocas anteriores, num valor que perfaz cerca 390 mil euros.

Por outro lado, segundo os dirigentes do Varzim, o clube tem a receber da autarquia cerca 300 mil euros, e 30 mil euros de outros clubes.

Na análise ao deve e ao haver, Lopes de Castro não escondeu “que o Varzim precisa ainda de mais dinheiro, mas que tal não porá em causa a regularização dos salários e a inscrição da equipa para a próxima época”.

Destaque ainda nesta reunião magna do clube, que contou a com presença de mais de cem associados, para uma polémica intervenção do presidente do Conselho Fiscal do Varzim.

“O clube não tem saída dada a sua situação financeira”, disse Vergílio Constantino, acrescentando: “O modelo de gestão aplicado está esgotado”.

Em resposta, Lopes de Castro, presidente da Direcção, considerou que Vergílio Constantino “será das pessoas que menos conhece do clube”.

“O presidente do Conselho Fiscal devia ser mais activo, mais presente. Em seis anos de mandato só o vi uma vez no estádio, num Varzim-Benfica, da Taça de Portugal”, recordou Lopes de Castro.