O diretor desportivo do Freamunde, Hilário Leal, destacou hoje a grandeza do clube da II Liga e defendeu que em Itália, onde fez carreira de futebolista, a seriedade da formação freamundense valia um lugar na primeira divisão.
«Em termos desportivos, as coisas não estão bem, mas o Freamunde é um clube grande e sério, e, em nome dessa seriedade, estaria na primeira divisão em Itália há muito tempo», disse Hilário, de 38 anos, à agência Lusa.
O diretor desportivo justificou a opinião a partir da sua experiência de cinco anos no "Calcio", em representação do Perugia e, mais tarde, do Sambenedettese, da II B, e lembrou que «existe uma ideia de máfia associada ao futebol em Itália, mas lá um clube incumpridor é castigado, independentemente de ser o Inter ou a Juventus».
«O que eu vejo é que há aqui clubes que não pagam as suas dívidas, não cumprem e continuam como se nada fosse», acrescentou.
Apesar do último lugar da equipa na II Liga, a seis pontos dos lugares tranquilos da classificação, disse ser ainda possível evitar a descida do Freamunde e garantiu que «tudo será feito para salvar a equipa», incluindo o reforço do plantel.
«Faltam 28 jogos», lembrou Hilário, explicando que o reforço da equipa está a ser trabalhado, mas será feito «sem entrar em loucuras» e no pressuposto de os reforços acrescentarem valor.
Segundo Hilário, o clube está a estudar «algumas possibilidades», sem esconder que, «se calhar, são precisos dois ou três jogadores, um por setor, com características diferentes dos que integram o atual grupo de trabalho».
Apesar de o plantel ser jovem e precisar de alguns retoques, Hilário defendeu que a equipa também tem condições e obrigação de fazer mais.
O Freamunde, "lanterna vermelha", com seis pontos, recebe o Vitória de Guimarães B, 17.º, com 14 pontos, pelas 15h00 de domingo, num jogo da 14.ª jornada da II Liga e com arbitragem de Rui Costa, do Porto.