O futebolista brasileiro Douglas Tanque disse hoje à agência Lusa estar surpreendido com o arranque goleador no Paços de Ferreira, com quatro golos no último mês, e falou da subida como aposta responsável do clube da II Liga.
Para o avançado ‘canarinho’, que completou há pouco 25 anos, "o Paços assumiu o objetivo e vai lutar por ser campeão e subir de divisão, mas sempre com os pés no chão".
Douglas Tanque elogiou "a qualidade do plantel e da equipa técnica”, falando de um “grupo forte e solidário", em que "cada um ajuda o outro", e assegurou que "todos trabalham duro para um final feliz".
No seu caso, pedem-lhe que contribua com golos e, no último mês, Tanque, alcunha que perfilhou em 2012, no Corinthians, em vez de ‘Imperador-Mirim', sugerido pelo clube em honra do antigo internacional brasileiro Adriano, marcou por quatro vezes, três na Taça de Portugal e uma na II Liga, o que fazem dele o melhor marcador do Paços.
"No começo, foi um pouco difícil, porque o futebol é mais rápido e intenso, mas a adaptação foi boa e tudo está a correr até melhor do que pensava. Os adeptos podem esperar mais, embora confesse que os quatro golos, todos de cabeça, são uma novidade. O meu forte é o remate de pé esquerdo e, no Paços, já marquei mais de cabeça do que em toda a minha carreira", disse à Lusa Tanque.
Tanque tem quatro golos em oito presenças na equipa, num total de 255 minutos, um rácio de aproveitamento superior nesta altura ao de Luiz Phellype, habitual titular e com um total de três tentos, a quem Douglas reconhece "grandes qualidades", falando mesmo de "uma luta sadia (pela titularidade) que só beneficia a equipa e o objetivo" final de subida.
"Jogue quem jogar, todos trabalhamos, e muito, para o mesmo e, em campo, começamos a defender na frente, no Luiz Phellype, que é quem tem jogado. O mérito de termos tão poucos golos sofridos é da defesa, mas, sobretudo, do grupo todo", sublinhou.
O avançado reagiu assim ao facto de o Paços, juntamente com o Vizela do Campeonato de Portugal, ter a melhor defesa de todos os campeonatos nacionais, com apenas dois golos sofridos, ambos da responsabilidade do Famalicão, a única equipa, até ao momento, que conseguiu derrotar os ‘castores'.
"Nesse jogo, eles tiveram sorte, mas, desde essa derrota, não mudou nada. Continuamos a fazer tudo como até aqui e assim vai ser frente ao Benfica B, uma equipa muito difícil, que está bem, como nós, mas o foco está na vitória e em mais três pontos", afirmou Tanque, pela primeira na Europa, após experiências no Japão, México e, mais recentemente, na Tailândia.
O avançado diz estar "feliz" e fala de "uma boa escolha", que já podia ter acontecido antes, na sequência de convites de Moreirense e Nacional.
Tanque promete "fazer tudo para conseguir ajudar o Paços” e ter uma “visibilidade grande", de forma a poder, quem sabe, seguir as pisadas do ex-colega Fransérgio, atualmente a representar o Sporting de Braga.
Há vários anos longe do país, Tanque diz continuar atento e seguir o que se passa no Brasil. Assegurou que não exerceu o voto, mas ficou "feliz" com o resultado.
"O povo está cansado e com este presidente (Jair Bolsonaro), arrumada a casa, pode ser que as coisas mudem", concluiu.
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