Um dia após o que diz ser o melhor golo da sua carreira, o futebolista Erivelto foi hoje felicitado e elogiado pelo 'chapéu' a mais de 50 metros da baliza adversária.

Ao minuto 69 do encontro na 18.ª jornada da II Liga, em que o Covilhã goleou o Braga B (4-0), o avançado viu o guarda-redes Tiago Sá adiantado e, antes da linha do meio campo, atirou certeiro, produzindo o que o treinador Francisco Chaló considerou uma "obra de arte" e que lhe valeu um longo aplauso dos adeptos.

"Se o jogo fosse televisionado, era provavelmente o golo do ano", considera o técnico, que classificou o terceiro tento da equipa, sétimo de Erivelto em jogos oficiais, de "magistral" e "extraordinário", sublinhando que foi "um regalo para quem teve a possibilidade de assistir".

Erivelto, atacante de 26 anos que na pré-época chegou à experiência ao clube e que ganhou a confiança do treinador, já tinha marcado do meio campo nas camadas jovens e acreditava poder repetir o momento, de que não se vai esquecer.

"Já fiz golos bonitos, mas acho que este é o melhor golo da minha carreira", disse hoje o brasileiro à agência Lusa, após o treino da equipa.

O ex-jogador do Madureira frisa ter o hábito de observar o posicionamento dos guarda-redes. "Contra o Braga B já tinha reparado que ele estava sempre meio adiantado. Na hora que pego a bola, dou uma ‘olhadinha’ para cima, vejo que está adiantado e bato. Baixei a cabeça e pensei: vai ser aqui e agora", recorda.

Porque só saiu do hotel para ir para o treino, Erivelto ainda não ouviu os comentários na rua, mas sente-se satisfeito pelas reações nas redes sociais que se multiplicam e pelos elogios dos colegas e elementos do clube.

"Os colegas deram-me os parabéns, disseram-me que faz muito tempo que não viam um golo assim. Disseram que foi algo magnífico", conta.

O avançado sublinha que se tivesse acontecido num jogo da I Liga, teria outro impacto. De qualquer forma, espera que o golo de segunda-feira o projete para mais perto dos seus "sonhos", que passam por "conquistar coisas maiores, tanto desportivamente como financeiramente".