O futebolista Pedro Santos, mais conhecido por Pepo, descobriu o gosto pela leitura nesta pausa forçada pela pandemia da COVID-19, confessou o jogador à página oficial do Vilafranquense no Facebook.

“Eu não estava habituado a ler e estou a descobrir alguns livros que me ajudam bastante a reduzir os níveis de ansiedade, e a ter outras perspetivas de ver as coisas”, disse.

Natural das Caldas da Rainha, Pepo cumpre a sua primeira temporada no Vilafranquense, da II Liga portuguesa, e continua a estudar.

“Estou na faculdade, a fazer o curso de desporto e bem-estar, e tenho tido algumas reuniões, feitas pelo computador ao nível de estágio e projeto. Se não tiver reuniões, tento trabalhar no meu projeto. Posso, depois, entreter-me com a playstation ou a ler”, contou o futebolista.

Quanto à situação atual de crise sanitária, devido à pandemia da COVID-19, Pepo reconhece que está a ser uma “fase complicada para imensa gente” e que “não é fácil gerir”, até pelas notícias “arrepiantes e desoladoras”.

Numa altura em que o país está em estado de emergência e é pedido a todos para não andarem na rua, o futebolista do Vilafranquense tem cumprido a sua rotina em casa.

“Realizo o meu treino, que os treinadores do clube prepararam. Faço exercícios em casa ou no exterior, e com todos os cuidados. Se vejo alguma pessoa na rua, passo para o outro passeio", explicou o jogador dos ribatejanos, de 26 anos.

Quando a pandemia de COVID-19 suspendeu a II Liga, à 24.ª jornada, o Vilafranquense seguia no 16.º lugar, o primeiro acima da ‘linha de água’, com 24 pontos, contra 17 do Cova da Piedade (17.º) e 11 do Casa Pia (18.º e último).

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da COVID-19, já provocou mais de 103 mil mortos e infetou mais de 1,7 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 470 mortos, mais 35 do que na sexta-feira (+8%), e 15.987 casos de infeção confirmados, o que representa um aumento de 515 em relação a sexta-feira (+3,3%).

Dos infetados, 1.175 estão internados, 233 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 266 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde 19 de março e até ao final do dia 17 de abril.