O treinador do Penafiel, José Garrido, demitiu-se este domingo após a derrota (1-0) frente ao Trofense, jogo da 20.ª jornada da Liga de Honra de futebol, triunfo que colocou o clube da Trofa na liderança da prova.

Com um golo solitário apontado, aos 60 minutos, por Zé Manel, o Trofense venceu o Penafiel em casa e aproveitou o empate (0-0 em Freamunde) da até aqui líder Oliveirense para passar para o primeiro lugar da prova. No sentido inverso, o Penafiel ficou mais perto dos lugares da despromoção, pelo que José Garrido decidiu demitir-se.

«Hoje foi o meu último jogo no FC Penafiel. Acho que devo sair para que o clube tenha tempo para procurar um treinador e garantir a manutenção o mais rapidamente possível», disse, garantindo que a decisão estava tomada antes deste jogo e negando que a derrota tenha impulsionado a saída.

Questionado sobre se a direcção do Penafiel tinha influenciado a decisão, José Garrido disse que a sua saída nada tinha a ver com as condições de trabalho, adjectivando-as de «muito boas»: «Eu estive muito tempo fora do país e esta direcção deu-me oportunidade de voltar. Estou-lhes muito grato, mas acho que devo dar lugar a outra pessoa para que o FC Penafiel encontre o seu rumo e a melhor pessoa para cumprir os seus objectivos».

Já o técnico do CD Trofense, Porfírio Amorim, falou do regresso à liderança, satisfeito pela vitória, mas mostrando-se «surpreendido» pela postura dos adversários.

«Quem acompanha o Trofense sabe que todos os jogos são para os nossos adversários o jogo da época. O jogo com o Trofense para eles é o jogo da motivação. Vejam a agressividade e os cartões amarelos. Isto mete-me confusão. Acho que o Trofense deve ser motivador, porque é um clube de referência como empresa e como instituição, mas os clubes devem fazer todos os jogos como importantes», disse o treinador trofense.

Sobre o desafio da próxima jornada – o Trofense vai deslocar-se ao terreno da Oliveirense –, Porfírio Amorim disse ser «importante ganhar», mas retirou alguma pressão dos jogadores, ao afirmar que «não é o jogo decisivo».