O resultado poderá ser surpreendente, mas só para quem não assistiu ao encontro, pois os leixonenses estiveram muito mal, não justificando por que chegaram a este encontro no quinto lugar, com 24 pontos, mais três do que a Naval, sexto classificado.

Mas há um dado que talvez ajude a perceber o desaire da equipa treinada por Litos, uma vez que foi a quarta vez, esta época, que o Leixões perdeu em casa.

O primeiro quarto de hora do encontro foi mal jogado e, sem que nada o justificasse, a Naval marcou aos 16 minutos, num livre direto apontado por João Pedro e que parecia inofensivo, não fosse Waldson ter dado uma ajuda preciosa.

O guarda-redes leixonense estava adiantado e já era tarde quanto procurou recompor-se, tendo a bola seguido para a baliza perante a surpresa geral.

O golo perturbou claramente o Leixões, que sentiu crescentes dificuldades nas saídas para o ataque e não foi capaz de organizar minimamente o seu jogo, não criando qualquer situação de perigo junto à baliza adversária.

Ao contrário, os visitantes estabilizaram o seu futebol e chegaram ao 2-0 em mais um lance de bola parada - um livre frontal cobrado pelo central Júnior Pereira, que rematou forte e bateu Waldson, que desta vez não teve hipótese.

O Leixões teve perto do golo numa cabeçada a que Taborda se opôs com uma vistosa defesa, mas a equipa visitante também podia ter ampliado o marcador já nos descontos do primeiro tempo, por Hugo Santos.

No segundo tempo, o Leixões jogou com mais velocidade, mas sem grande clarividência, e a Naval, sem precisar de se aplicar muito, manteve a sua baliza a salvo.

Os visitantes mostraram-se sempre mais tranquilos e bem organizados e João Pedro quase fez o 3-0 numa ação individual (80).

A Naval vingou assim a derrota sofrida na primeira volta frente ao Leixões, anulou a desvantagem pontual que tinha face ao seu adversário e confirmou a sua apetência para ganhar fora de casa - somando agora quatro vitórias como visitante.