Os primórdios do Futebol Clube de Arouca, que disputará pela primeira vez a I Liga de futebol na próxima época, remontam a meados do século passado, no ano de 1952, quando nasceu o Ginásio Clube de Arouca.

No final da década de 60 a associação mudou de nome para Futebol Clube de Arouca, que se mantém até hoje. O clube passou por vários campos pelados até conseguir ter o seu próprio recinto desportivo, o campo Afonso Pinto Magalhães.

A viragem no sucesso do Futebol Clube de Arouca seria em 2006, o ano da inauguração do Estádio Municipal de Arouca, propriedade do município, mas que através de um protocolo passou a ser usado pelo clube.

Foi também neste ano que o atual presidente da Direção, Carlos Pinho, assumiu o comando do clube. No dia 30 de junho de 2006 venceu as eleições, sendo que encabeçava a única lista apresentada a sufrágio.

A maior mudança que Carlos Pinho impôs, desde logo, foi o mediatismo da equipa. É que a época de 2006/07 a equipa técnica passou a contar com o apresentador de televisão Jorge Gabriel como treinador adjunto do “mister” Rui Correia. O Arouca passou a estar nos media nacionais. Algo inédito.

Nessa mesma época o clube sagrou-se campeão da 1.ª Divisão da Associação de Futebol de Aveiro, subindo à III Divisão.

Na preparação para a época de 2007/08 Jorge Gabriel passou de adjunto a treinador principal, mas em janeiro acabou por deixar o cargo, que foi entregue a José Pedro.

Logo no início da época, Carlos Pinho apontava os lugares cimeiros da tabela e não escondia a ambição de tentar a subida à II Divisão. O objetivo foi de novo alcançado e, pelo segundo ano consecutivo, o Futebol Clube de Arouca conseguiu ser campeão, desta feita da III Divisão, série C.

O campeonato não foi fácil e o Arouca ficou em 1.º com apenas 1 ponto a mais que o 2.º classificado, o clube vizinho da Sanjoanense.

Na época seguinte, o clube destacou-se na Taça de Portugal, ao enfrentar duas equipas da I Liga. O Marítimo veio a Arouca e não conseguiu mais que um empate a zero durante o tempo regulamentar de jogo. Nos penalties, a equipa insular perdeu por 3-1 e o Arouca foi apelidado de “tomba gigantes”.

Seguiu-se o Paços de Ferreira, também da I Liga, e novo empate, mas desta vez a lotaria das grandes penalidades não foi favorável aos canarinhos, que continuavam a ser treinados por José Pedro.

Na época de 2009/10, o Arouca conheceu nova subida de divisão. O campeonato começou com Carlos Secretário no banco, mas, à 11.ª jornada, Henrique Nunes assumiu os comandos da equipa.

O clube subiu aos escalões profissionais de futebol, tendo sido campeão da zona centro e campeão da fase de apuramento, que disputou com o Moreirense e o União da Madeira. O Arouca foi recebido em glória no salão nobre dos Paços do Concelho, numa homenagem promovida pela Câmara Municipal.

Em 2010/2011, o clube voltou a estar sob as luzes da ribalta, mas não pelo 5.º lugar na classificação da então Liga Orangina. O Arouca destacou-se neste ano pela sua participação na Taça de Portugal.

Depois de vencer em Esposende, por 2-0, o clube foi a Lisboa disputar a terceira eliminatória da Taça de Portugal com o Benfica, a 16 de outubro de 2010.

O concelho mobilizou-se e a Lisboa viajaram centenas de arouquenses que se organizaram em excursões de autocarro. Apesar da derrota pesada na Luz (5-1), os arouquenses viveram dias de festa. O autor do golo de Arouca foi o cental Diogo.

A época de 2011/12 não começou da melhor maneira e Henrique Nunes foi substituído à 5.ª jornada. Vitor Oliveira foi o senhor que se seguiu e conseguiu evitar a descida do clube na última jornada, depois de conseguir um empate em casa do campeão desse ano, o Estoril-Praia.

O ano de 2013 fica gravado na história do clube pela subida à I Liga de futebol nacional, depois de uma luta com o Leixões pelo segundo lugar na tabela, que permitiu a inédita subida, depois do Belenenses se ter sagrado campeão antecipado. Vitor Oliveira foi o grande obreiro e Joeano o artilheiro de serviço.