O equilíbrio e a incerteza já são ícones do segundo campeonato nacional de futebol e reflectem-se também nos orçamentos, bem mais aproximados que os da primeira liga, por responsabilidade, quase “exclusiva”, de Benfica, FC Porto e Sporting.

A média geral no escalão principal fixa-se nos 18,7 milhões de euros por clube, mas os números caem abruptamente para uma fatia de cerca de cinco milhões se forem retirados das contas os três grandes.

Com os três maiores emblemas nacionais, os 16 clubes da primeira liga juntam orçamentos que quase tocam os 300 milhões de euros (“apenas” 65 milhões sem águias, dragões e leões).

Nas contas “secundárias”, o Belenenses, despromovido na última época e que luta agora pela permanência na Liga de Honra, a quatro jornadas do fim, lidera o quarteto da Honra que mais investiu na temporada 2010/2011, tal como Trofense, Leixões e Oliveirense, todos com orçamentos acima dos dois milhões de euros.

No entanto, só dois destes maiores investidores estão a retirar dividendos desportivos: o Trofense, segundo classificado, a quatro pontos do líder Feirense, e a Oliveirense, quarto e a dois pontos da zona de promoção.

Segue-se imediatamente ao clube de Oliveira de Azeméis o Leixões, embora a formação de Matosinhos esteja já a distantes sete pontos do Trofense, neste momento o último a “subir” ao escalão principal.

Mas é o clube do Restelo, entre os quatro “ricos”, o que mais contraria a relação orçamento-resultados, já que ainda nem sequer tem a permanência na Liga de Honra assegurada. Muito pelo contrário: está a apenas dois pontos do penúltimo (e primeiro a descer), o Sporting da Covilhã.

Já o Fátima, o clube com o mais modesto orçamento entre os 16 (abaixo dos 800.000 euros), é o que se encontra em maiores dificuldades: ocupa o último lugar, já a seis pontos da linha de “salvação”.

O Arouca, tal como o Penafiel, figura entre os três clubes da Liga de Honra que menos investiram, todos abaixo dos 800.000 euros, mas, ao contrário dos durienses (12.ºs e com a permanência ainda incerta), o clube de Aveiro ainda sonha com a promoção, embora o salto (improvável) para os “grandes” esteja a sete pontos de distância.