O FC Porto B venceu hoje por 1-0 na visita ao Paços de Ferreira, que poderá perder a liderança na 12.ª jornada da II Liga de futebol, após um jogo de ‘sentido único’ e com final polémico.

Rúben Macedo inaugurou o marcador, aos 12 minutos, com um toque de classe que fez a bola sobrevoar o guarda-redes Ricardo Ribeiro, ligeiramente adiantado, mas os pacenses foram sempre mais dominadores e fizeram tudo para inverter a situação.

A equipa da casa poderia mesmo ter chegado ao empate, nos descontos, pelo ‘inevitável’ Luiz Phellype, mas o tento acabou por ser invalidado por alegada posição irregular do avançado, numa decisão controversa do árbitro auxiliar.

Com este triunfo, o FC Porto B, pela primeira vez vitorioso em dois jogos consecutivos, ascendeu ao 12.º lugar, com 14 pontos, enquanto o Paços, com 27 e menos um jogo, pode ser ultrapassado na liderança pelo Famalicão, que tem 26 e defronta na segunda-feira a Académica.

O Paços foi a melhor equipa em campo e justificou a liderança e a candidatura à subida, com um futebol apoiado e a toda a largura do terreno, mas encontrou pela frente um FC Porto B com muito mais qualidade do que a classificação atual demonstra (12.º lugar) e que conseguiu, sobretudo no primeiro tempo, criar algum perigo nas transições.

Foi dessa forma que surgiu o único golo do encontro, aos 12 minutos, numa bola colocada entre o central e o lateral pacense, com Bruno Santos a falhar a interceção e, nas suas ‘costas’, Rúben Macedo a tirar um ‘chapéu' com as medidas certas, aproveitando o adiantamento de Ricardo Ribeiro.

A primeira parte chegou ao fim sem que os pacenses criassem na verdade muitas situações de perigo, mas o domínio acentuou-se na etapa complementar, sobretudo a partir da entrada de Tanque, aos 63 minutos, colocando novas e maiores dificuldades de marcação aos centrais portistas, quase sempre em grande plano, e ao próprio guarda-redes.

Diogo Costa foi um dos melhores da sua equipa e teve algumas intervenções decisivas, negando o golo a Pedrinho, aos 62 minutos, mas também a um ‘disparo' de Luiz Phellype, de livre direto, aos 66.

Nesta altura, o FC Porto B preocupava-se mais em defender, não conseguindo aproveitar o adiantamento dos locais, exceção feita a um cabeceamento de Marius, aos 63, e acabou o jogo encostado à sua área, forçado por um Paços que fez tudo para anular a desvantagem. Tanque, por três vezes, ainda ficou perto do merecido golo pacense, mas o resultado sofreu alterações.

O lance polémico do golo anulado a Luiz Phellype, já nos descontos, foi o detonador de momentos mais ‘quentes’ ainda no relvado e, a seguir, no túnel de acesso aos balneários, envolvendo elementos das duas equipas.