O presidente da Oliveirense anunciou hoje que a recandidatura a um novo mandato está dependente da continuidade dos vice-presidentes, quando falava sobre a situação do clube na era da pandemia de COVID-19.
Horácio Bastos abordou ainda temas como a situação económica e apoios da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) e Federação Portuguesa de Futebol (FPF) após o cancelamento da II Liga, e a continuação do treinador de futebol.
“As eleições seriam marcadas para junho, mas, devido à pandemia e ao confinamento, não sabemos se é a melhor altura para o fazer. Estamos a decidir se fazemos agora ou mais tarde, em setembro. Se os vice-presidentes [das modalidades] ficarem comigo, eu ficarei com eles. Se não acontecer, poderei não me recandidatar. Só ficarei mais um mandato, quero acabar o que começámos”, afirmou.
Sobre a economia da Oliveirense, mostrou-se satisfeito por ter recorrido ao ‘lay-off’, que permitiu poupar algum dinheiro, embora o prejuízo “continue a ser grande”, já que os patrocinadores também sofreram com a crise, mas sublinhou que o clube estava “bem preparado” e vai conseguir “chegar a junho com as contas em dia”.
“Os jogadores perderam uma fatia, estiveram sempre disponíveis para negociar connosco desde a primeira hora, estavam conscientes das dificuldades se o campeonato não acabasse e as negociações decorreram de forma normal. Todos eles perceberam e aderiram sem problemas”, disse.
Apesar dos apoios da LPFP e da FPF terem ficado “aquém do desejado”, referiu que os mesmos foram importantes, porque serviram para amenizar “50% a 60%” do necessário para fazer face a salários e impostos.
Na próxima época, vai haver uma redução de salários e o orçamento da União Desportiva Oliveirense continuará a ser “um dos mais baixos da II Liga”, já que faltam alguns “passos para dar antes do investimento nos resultados desportivos” e que a subida à I Liga continua a ser um objetivo, mas não a curto prazo.
“Os passos são o que nos faltava há muitos anos e temos vindo a fazer nestes quatro anos: a requalificação do estádio, do centro de formação do futebol e a criação de um complexo de treinos para dar apoio à equipa principal e uma possível equipa ‘B’ ou sub-23”, indicou.
Sobre o treinador Pedro Miguel, “a proposta está feita” para continuar no banco e depende do técnico, que “tem feito um excelente trabalho”, mas precisa de se “adaptar ao novo conceito da SAD”, que passa por desenvolver novos talentos e valorizar o clube.
“Pode ficar aqui na próxima época e as outras para a frente. Conhece e sente o clube, só não fica se não quiser”, admitiu o dirigente, que revelou que o plano para a próxima época passa por fazer ‘scouting’ nos escalões inferiores em Portugal e potenciar jogadores da formação.
Antes de a época ser suspensa devido ao novo coronavírus, a formação de Pedro Miguel ocupava o 10.º lugar da classificação do escalão secundário do futebol nacional.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de COVID-19 já provocou perto de 312 mil mortos e infetou mais de 4,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios. Mais de 1,6 milhões de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.218 pessoas das 29.036 confirmadas como infetadas, e há 4.636 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
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