O Tondela está de regresso à I Liga, três anos após ter caído no segundo escalão, numa época em que foi 'invencível' durante quase toda a primeira volta e acabou a sagrar-se campeão da II Liga.

Uma década depois de ter subido ao primeiro escalão pela primeira vez, em 2014/15, então também como campeão da II Liga, sob o comando de Quim Machado, o Tondela volta ao convívio dos 'grandes', o qual abandonou num 'agridoce' ano de 2022, quando foi despromovido, mas atingiu uma inédita final da Taça de Portugal, em que perdeu com o FC Porto, no Jamor.

Pela primeira vez, a equipa beirã, comandada por Luís Pinto, esteve as primeiras 15 jornadas sem sofrer qualquer derrota, deixando um rasto de sete empates e oito vitórias, seis delas consecutivas, da quinta à 10.ª jornada, o melhor momento da época. Tal como aconteceu na época 2014/15, em que estabeleceram o recorde de seis triunfos seguidos.

Nesse ano da subida, o Tondela registou sete derrotas, na altura numa competição composta por 46 jornadas, sendo que, este ano, a equipa beirã sofreu quatro desaires, o primeiro dos quais apenas à 17.ª jornada, precisamente diante do adversário com que agora encerrou a prova, a União de Leiria (4-1).

Naquela altura, o conjunto tondelense tinha 15 partidas realizadas, uma vez que o encontro com o Alverca, da 16.ª ronda, tinha sido adiado e só foi disputado depois do duelo com os leirienses.

A segunda derrota foi na deslocação ao Felgueiras, por 1-0, na 21.ª jornada, seguindo-se outro na receção ao Vizela, por 1-0, na 30.ª, já com a formação beirã na liderança da II Liga e a equipa visitante a ocupar o segundo lugar, e o derradeiro frente ao Alverca, na semana passada (2-1), na penúltima ronda.

Hoje, 'vingou' o primeiro desaire com uma vitória sofrida, só confirmada nos minutos finais, com os golos de Miro, aos 83, e Roberto, aos 90+4.

Um outro momento bom do ano desportivo foi vivido entre a 25.ª e a 29.ª jornadas, com a concretização de cinco vitórias seguidas, três delas fora.

O Tondela arrancou a II Liga 2024/25 com quatro empates no mesmo número de jogos, os três primeiros sempre com 2-2 e o quarto com um 1-1 frente ao Felgueiras, antes de dar início a um ciclo de seis vitórias.

Uma época que marcou a estreia em competições profissionais do treinador Luís Pinto, na altura com 35 anos, que assinou pelo Tondela em 30 de maio de 2024 por uma temporada e com uma segunda de opção.

Luís Pinto, que, antes de chegar aos beirões, comandou os destinos do Fafe, na Liga 3, tinha manifestado “muito orgulho” por estar ao comando da equipa “de um clube tão grande como o Tondela” e que hoje colocou novamente na I Liga.

O Estádio João Cardoso, que tem capacidade para quase cinco mil pessoas, este ano contou com mais espetadores do que em alguns jogos da I Liga e, no segundo escalão, só foi superado aquando do ‘dérbi das beiras’, em casa do Académico de Viseu.

O Tondela, este ano, não teve menos de 1.100 espetadores em casa e o recorde (4.689) foi imposto na penúltima jornada, ante os ribatejanos, em que os tondelenses poderiam mesmo ter fechado as contas da promoção direta.

O interior do país assegurou o regresso ao ‘mapa’ da I Liga, com a oitava presença dos tondelenses, fundados em 1933, que têm o 11.º lugar de 2017/18 como melhor registo entre os ‘grandes’.