O treinador do Freamunde disse hoje que a qualidade do plantel oferecia garantias de poder regressar aos campeonatos profissionais de futebol, como veio a acontecer, e não escondeu o desejo de sagrar-se campeão nacional frente ao Oriental.

"Os jogadores merecem tudo. A qualidade deste plantel permitiu-nos sempre acreditar que era possível chegar a esta fase decisiva e podermos subir, mas, depois da última época, era importante tirarmos pressão aos jogadores e, por isso, nunca assumimos nada", disse Carlos Pinto à agência Lusa.

Após a vitória no reduto do Limianos, por 3-0, no domingo, na penúltima jornada, o Freamunde assegurou o primeiro lugar na Zona Norte da fase de subida do Campeonato Nacional de Seniores (CNS) e o consequente regresso à II Liga, um ano depois de ter descido.

"Foi o meu primeiro título como treinador, foi fantástico e um dia memorável, mais até pelos jogadores, que revelaram sempre uma enorme qualidade e caráter", sublinhou, sem perder de vista as graves dificuldades financeiras que afetam o clube (são dois meses de salários em atraso).

Carlos Pinto, de 41 anos, insiste na ideia de que o sucesso do Freamunde começou no grupo e destacou a "união e o comportamento notável de todos os jogadores, os mais e os menos utilizados", sem deixar de reconhecer que, "quem trabalha bem, fica mais perto de ganhar".

O técnico diz ser ainda prematuro falar do seu futuro, embora admita que "o Freamunde será sempre a primeira opção", e defende a continuidade de "muitos" dos jogadores do atual plantel, parte substancial dos quais da formação

"Não digo 90 por cento do plantel, mas muitos merecem continuar e, se eu ficar, tendo em conta o alargamento de que se fala, precisaremos de sete ou oito jogadores mais do que este ano", afirmou.

Por agora, Carlos Pinto concentra-se na receção ao S. João de Ver, no dia 24, também um jogo de consagração para os "magníficos jogadores" menos utilizados esta época". Só depois, pensará no Oriental, vencedor da Zona Sul da fase de subida do CNS, com quem irá discutir, a 10 de junho, em campo neutro (a designar), o título nacional.

"Agora, faz parte dos nossos objetivos sermos campeões nacionais. Numa final, o favoritismo é 50/50, mas estes jogadores merecem tudo", considerou, sem esconder o desejo de ver repetidos os festejos "arrepiantes e muito bonitos" do último domingo, que juntaram no centro da cidade milhares de freamundenses.