O anterior treinador do Cova da Piedade, Hugo Falcão, entregou esta semana a carta de rescisão unilateral do contrato com o clube da II Liga portuguesa de futebol e confirmou hoje que o processo vai seguir para tribunal.
O técnico, de 27 anos, foi afastado do comando dos piedenses em 10 de janeiro, e as partes não chegaram a um acordo até ao momento, o que motivou a tomada de posição do treinador que foi rendido por Miguel Leal.
"Depois de recusar apresentar-me na equipa B, nunca mais comunicaram comigo, e a partir desse momento percebi que o impasse só se iria resolver em tribunal", disse Hugo Falcão à agência Lusa, acrescentando que não foi tratado com respeito e que se sentiu como um "objeto descartável" para estrutura piedense.
Falcão alega "falta de pagamentos" no período que se seguiu ao seu afastamento, "incumprimento dos termos do contrato" e "omissão do contrato" relativo à época 2019/20, que diz nunca ter sido "entregue na Liga", apesar de "assinado e anunciado publicamente".
Contactado pela agência Lusa, o diretor desportivo da SAD do Cova da Piedade, Edgar Rodrigues, disse saber apenas que Hugo Falcão "está de baixa médica".
"Acredito na boa-fé das pessoas e como está de baixa não teria condições para trabalhar, por isso não foi contactado", limitou-se a dizer o dirigente, remetendo para os documentos médicos a que a Lusa teve acesso.
Apesar do desencontro de posições, Hugo Falcão não descarta, ainda, a possibilidade de um entendimento que seja "bom para ambas as partes", embora refira que "será muito difícil".
"O que não posso aceitar é que me paguem apenas um mês e meio quando tenho 15 para receber", alegou o técnico, que orientou a equipa em 12 jogos do campeonato, entre a 5.ª e a 16.ª jornadas, somando três vitórias, quatro empates e cinco derrotas.
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