O Sporting da Covilhã apresentou hoje para a próxima época desportiva um orçamento de 624 mil euros, embora o presidente anteveja, face à previsão de receitas, que a despesa possa não ultrapassar os 550 mil euros.

A projecção foi apresentada durante a Assembleia Geral do clube, 4.º classificado da II Liga, com os mesmos 80 pontos que o promovido União da Madeira, e aponta para valores pouco acima dos disponíveis na última temporada, em que foram gastos com a equipa profissional 530 mil euros.

Para a temporada 2015-2016, o clube prevê que a maior fatia das receitas, 300 mil euros, venha dos direitos de transmissão televisivos, seguida da venda de jogadores, que espera atingir os 200 mil euros. No capítulo da despesa, destacam-se os 436 mil euros, dos salários dos jogadores e equipa técnica.

O orçamento da Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas (SDUQ) foi apresentado no mesmo dia das previsões do clube, que espera ter receitas no valor de 211 mil euros e um total de pagamentos operacionais de 187 mil euros, a que se acrescentam 23 mil euros relativos ao pagamento do 'leasing' da sede social, a "única dívida" do clube, que o presidente, José Mendes, há quase 11 anos em funções, lembra ter sido contraída muito antes da sua chegada à direcção.

"Hoje, não tenho nenhuma fatura a pagar a ninguém. Se não fosse o 'leasing', era um clube que não devia nada a ninguém", disse o presidente, que calcula existirem poucas associações nesta situação.

O dirigente disse que as despesas estão a ser pagos a pronto pagamento e adiantou que os jogadores que foram de férias para fora do país em maio receberam também adiantado o mês de junho e que os restantes nos primeiros dias do mês já tinham junho pago.

"Não tenho uma factura para pagar. Fiz questão de pagar a água e a luz adiantado para vos poder dizer aqui hoje isto", frisou José Mendes.

No orçamento para a próxima época não está inscrito qualquer apoio da Câmara Municipal da Covilhã, que nos últimos anos não ajudou financeiramente os "leões da serra", mas o presidente da autarquia prometeu recentemente que a situação ia mudar e José Mendes disse querer acreditar na palavra do autarca.

José Veiga, presidente da Assembleia Geral, frisou que os clubes com quem o Covilhã lutou até à última jornada pela subida tinham orçamentos pelo menos três vezes superiores.

Por isso, o presidente da direcção não se compromete com outros objectivos que não sejam "jogo a jogo trabalhar da mesma maneira que o ano passado e no final fazem-se as contas".