O executivo da Câmara de Matosinhos manifestou hoje preocupação com os trabalhadores da Efacec, em protesto para reivindicar aumentos salariais, tendo ainda a oposição questionado a maioria sobre a situação do Leixões, clube do qual a autarquia é acionista.

Estes foram dois dos assuntos discutidos no período antes da ordem do dia da reunião pública da Câmara de Matosinhos, na qual foi aprovado um parecer prévio para a contratação de um advogado para um processo que a Porto Business School interpôs contra a autarquia relativamente ao uso do campo de jogos da Senhora da Hora.

A questão dos trabalhadores da Efacec – que reivindicam aumentos salariais e que têm realizado protestos desde fevereiro, que devem prolongar-se até maio, uma semana por mês, durante várias horas, em dias alternados – foi trazida pelo vereador da CDU com a pasta dos Transportes e da Mobilidade, José Pedro Rodrigues.

O vereador comunista deixou uma “palavra de solidariedade” com estes trabalhadores perante “o sentimento de injustiça de que têm sido alvo” em matéria de discrepância entre as massas salariais, considerando que a “câmara não deveria passar em silêncio por um drama que afeta centenas de trabalhadores” de um empresa muito importante para o concelho.

Pelos socialistas, António Parada associou-se a este apelo lançado por José Pedro Rodrigues, tendo o vice-presidente da autarquia, o independente Eduardo Pinheiro, manifestado a preocupação da autarquia com estes trabalhadores, dos quais afiança que vai acompanhar a situação.

A situação financeira do Leixões foi trazida à reunião pelo vereador do PSD, Pedro da Vinha Costa, que considerou que o clube é “a mais importante instituição desportiva do concelho”e “uma das bandeiras” de Matosinhos, realçando que é uma “instituição a que a câmara tem estado intimamente ligada”, nem sempre pelos melhores motivos.

O vereador social-democrata quer por isso saber qual a situação atual do Leixões, tendo ainda questionado a maioria sobre se o processo de venda das ações que a câmara detém da SAD.

O vice-presidente – que presidiu à reunião pública – explicou que a hasta pública para a venda das ações tinha ficado deserta e por isso a autarquia aguarda esclarecimentos para saber como irá proceder, garantindo que ninguém no executivo “ignora ou é alheio aos problemas do clube”, mas como não dispunha naquele momento de informações sobre as questões colocadas, estas iriam posteriormente ser respondidas por escrito.

Os votos de louvor propostos pelo vereador da Educação, Correia Pinto, para os dois alunos da Escola Secundária do Padrão da Légua que venceram as medalhas de ouro e de bronze nas Olimpíadas Portuguesas de Matemática foram aprovados por unanimidade pelo executivo.