O selecionador angolano, Romeu Catato Filemon, está há mais de sete meses sem salário e foi suspenso pela Federação Angolana de Futebol (FAF), por ausência injustificada no sábado, assim como os dois elementos que constituem a equipa técnica, Paxe e Ndombaxe.
O técnico número 54 da história dos Palancas Negras, Filemon, prometeu realizar uma conferência de imprensa nos próximos dias, numa das unidades hoteleiras de Luanda, onde pretende esclarecer as verdades que têm acontecido desde que reassumiu o comando.
Depois da pausa dos trabalhos da Selecção Nacional devido ao Natal, Filemon aproveitou passar as festas natalícias com a sua família, na província de Benguela, sendo que regressou para Luanda na noite de sábado e hospedou-se no recinto hoteleiro onde está concentrado o grupo, no qual é o responsável.
Em poucas palavras o seleccionador angolano disse a Rádio Cinco: “O que está a acontecer deixa muitas dúvidas. Como profissional sempre trabalhei para o país no ramo da educação física e a posterior no futebol. O meu trabalho sempre foi em prol da nação, por isso é importante que as verdades sejam ditas, desta forma convido os órgãos de informação a estarem presentes à conferência que darei”, finalizou com muita tristeza.
Segundo fontes do SAPO, Romeu Filemon não recebe salário há mais de sete meses, sendo que aufere mensalmente 25 mil dólares norte-americanos, aproximadamente a três milhões de kwanzas.
Nesta altura a equipa técnica dos Palancas Negras está a ser dirigida por dois técnicos adjuntos, André Macanga e José Kilamba, mas ainda não se sabe de concreto a data da viagem para o estágio na África do Sul, uma vez que estava previsto para os dias 26 e 27 do corrente mês.
Mesmo com a ausência de Filemon, o combinado angolano continua a realizar os trabalhos, em Luanda, no campo adjacente ao Estádio 11 de Novembro, onde está a 'refinar' a preparação, tendo em vista os três jogos amistosos com equipas sul-africanas, em Janeiro de 2016.
Em terras de Nelson Mandela, na África do Sul, a missão dos Palancas Negras é retirar o máximo proveito para competir em alto nível no CHAN 2016, prova a ter lugar no Ruanda, no qual será a segunda participação no campeonato que não garante pontuação no ranking africano e nem se quer da FIFA.
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