Os futebolistas convocados do 1º de Agosto e do Petro de Luanda continuam ausentes dos trabalhos da seleção nacional, que prepara a sua participação no Campeonato Africano da Nações para atletas que atuam nos seus respectivos países (CHAN), a decorrer de 13 de janeiro a 4 de fevereiro do próximo ano, em Marrocos.

Em função dos compromissos dos militares e tricolores nas Afrotaças, onde entram em acção entre 9 e 11 de fevereiro, os dois clubes decidiram não ceder todos os seus jogadores selecionados, para não atrapalhar nos seus objectivos, que passam por atingir a fase de grupos da liga dos clubes campeões e da taça CAF, respetivamente.

Em entrevista ao canal desportivo da Rádio Nacional de Angola (Rádio 5), o vice-presidente para o futebol do 1º de Agosto, Paulo George, esclareceu que alguns jogadores da sua equipa não se apresentaram no dia da concentração por se encontrarem no exterior, como Dany Massunguna e Geraldo, este último que chegou há dias ao país.

Referiu que em momento algum a direcção da equipa proibiu os jogadores de representarem a seleção.

O que se passa, aclarou o dirigente, é que o seu clube e a Federação Angolana de Futebol (FAF) estão a tentar chegar a um acordo que seja benéfico para todos, sobretudo para os Palancas Negras, mas que não prejudique os objectivos do 1º de Agosto.

“Temos dois jogadores por posição na selecção. Não podemos fazer um estágio sem os dois trincos, os dois laterais esquerdos, por isso as duas equipas técnicas estão em conversações para ver quais os atletas que poderão estar disponíveis para o CHAN”, adiantou.

Já o presidente do Petro de Luanda, Tomás Faria, não adiantou pormenores sobre o assunto, por regressar esta segunda-feira das férias e não estar por dentro da situação. Ainda assim prometeu que se ia pronunciar logo que tenha informações mais detalhadas.

Enquanto isso, o presidente da FAF, Artur Almeida e Silva, alertou para possíveis sanções, de acordo com os regulamentos, caso continua haver essa ausência injustificada.

“É impreterível que os jogadores se apresentem e só depois o departamento das selecções deverá dispensar os atletas, em função de cada caso”, disse, adiantando que deve prevalecer sempre o diálogo para benefício de todos.

Segundo disse, não há interesse nenhum em prejudicar qualquer clube, assim como não deve existir intenção de qualquer conjunto embaraçar a seleção, por ser Angola e deve estar sempre em primeiro plano.