Cabo Verde e Gabão empataram a uma bola, em jogo amigável disputado no Estádio do Real Sport Clube, em Massamá. Heldon fez o tento dos cabo-verdianos que falharam inúmeras oportunidades. Ecuele Manga marcou para os gaboneses.
Lúcio Antunes aproveitou para dar a titularidade a Calú no meio-campo, em vez de Toni Varela. Cabo Verde entrou a todo o gás e poderia ter marcado por diversas ocasiões, mas Djaniny mostrou uma certa aversão ao golo, perdendo os duelos com o guarda-redes Ovono.
Depois de ter atirado ao poste num cabeceamento, o avançado cabo-verdiano teve duas soberanas oportunidades no um-para-um com o guarda-redes Ovono mas perdeu sempre.
Os Tubarões jogavam a seu bel-prazer, dominando as operações a meio-campo, onde Babanco e Marco Soares davam “cartas”. Na frente de ataque, as constantes movimentações e malabarismos de Heldon e Platini deixavam a defensiva gabonesa perdida.
E foi uma dessas movimentações, após perda de bola da defensiva das Panteras, que Cabo Verde marcou. Heldon, lançado pelo lado esquerdo, entrou na área e atirou cruzado, inaugurando o marcador. Era o delírio no Estádio do Real Sport Clube em Massamá, onde perto de quatro mil cabo-verdianos (estádio com capacidade para três mil), marcaram presença para ver jogar a sua seleção.
Ao intervalo, Lúcio Antunes fez entrar Garry Rodrigues para o lugar do perdulário Djaniny. Stopira também entrou para a vaga de Nivaldo.
Com tanto desperdício, viria a marcar o Gabão. Numa desatenção da defensiva crioula, após um canto, a formação de Paulo Duarte empatou por Bruno Ecuele Manga, num cabeceamento que não deu hipóteses a Vozinha.
Lúcio aproveitou para experimentar o 4-4-2, com quatro médios e dois avançados móveis na frente, onde Garry e Brito faziam estragos, principalmente o primeiro, um jogador tecnicista, daqueles que irrita qualquer defesa.
Com as várias mexidas operadas na segunda parte, foi Lúcio quem deve ter ficado mais satisfeito. Os Tubarões Azuis mandavam no encontro, com trocas de bola, futebol pelas alas, velocidade e movimentações contantes que deixavam os gaboneses baralhados.
Mas com tanto futebol e tantas oportunidades criadas, Cabo Verde não se pode dar ao luxo de falhar tanto na finalização quando for com a Tunísia, um adversário com outros pergaminhos.
Garry por duas vezes, Babanco e Brito tiveram soberanas oportunidades para marcar mas não conseguiram visar a baliza de Ovono (negou um golo a Garry), guarda-redes do Gabão.
No final do jogo, os jogadores foram brindados com uma monumental ovação por parte dos quase quatro mil espetadores cabo-verdianos que lotaram o Estádio do Real Sport Clube. Faltou apenas a vitória para coroar uma grande exibição, principalmente na segunda parte, da seleção cabo-verdiana.
O próximo encontro de Cabo Verde é já em setembro, frente a Tunísia, onde os Tubarões Azuis estão obrigados a vencer para disputarem o play-off africano de acesso ao Mundial 2014. O Gabão, treinado pelo português Paulo Duarte, defronta o Burquina Faso, mas já sem hipóteses de chegar ao primeiro lugar do grupo.
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