O antigo internacional e selecionador-adjunto volta a carga com a problemática do seu afastamento da equipa técnica e acusa a Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF) de estar a "pôr em causa o trabalho construído durante vários anos".

Em comunicado de imprensa enviado aos órgãos de comunicação social, Cláudio Aguiar, conhecido no meio futebolístico por Lito, reafirma que foi notificado que deixaria de fazer parte da equipa técnica através da rede social Facebook, ainda que, sempre por iniciativa própria, tivesse indagado a nova equipa técnica e a FCF sobre a sua continuidade ou não na seleção.

Antigo capitão da seleção nacional, Lito recorre à alegada conversa mantida com o atual selecionador, Beto Cardoso, para ressalvar que foi convidado para ser o responsável pelo acompanhamento de cabo-verdianos na diáspora e nunca como técnico-adjunto.

Lito considera que os seus "estatuto, objetivos e ambições profissionais não se coadunam" com a função de observador na diáspora proposto pelo professor Beto, e condena a forma como alega ter sido despedido da equipa técnica, através da rede social.

Além disso, Lito mostra todo o seu "desagrado pelo silêncio da FCF", ao mesmo tempo que reclama o pagamento da “tranche de 6 mil euros” que diz ter em falta e “referente ao prémio de presença dos jogos da CAN’2015 a que tinham direito, equipa técnica e jogadores, num (total de 18 mil euros, dos quais lhe foram entregues somente 12 mil”.

A este propósito diz estranhar a postura do presidente da FCF que, atesta, invoca um contrato quando, reafirma, ele próprio sabe que “a relação esteve sempre baseada na palavra, na boa-fé, no meu profissionalismo e no forte sentido de dedicação e amor à seleção” que representou e da qual foi capitão durante mais de dez anos.