A diretora da Federação Portuguesa de Futebol Mónica Jorge admitiu que «era excelente» se a seleção feminina de sub-17 alcançasse as meias-finais do Campeonato da Europa da categoria, que tem início na terça-feira.
«Temos vários objetivos: o primeiro é melhorar, mas também temos de ter metas que podemos alcançar ou não, acho que passar às meias-finais era excelente, era um prémio para as jogadoras e para os treinadores», afirmou Mónica Jorge, em declarações à agência Lusa.
A seleção lusa de sub-17 cumpre o primeiro ano de atividade e, logo no ano de estreia, qualificou-se para a fase final do Europeu, e vai disputar a passagem às meias-finais no Grupo A, defrontando Áustria, na terça-feira, em Telford, a Itália, a 29 de novembro, em Hinckley, e a anfitriã Inglaterra, a 02 de dezembro, em Burton.
«E, se passarmos às meias-finais, quem sabe se não ficamos nos três primeiros lugares que dão acesso ao Campeonato do Mundo? Seria um feito histórico. Acho que era o terminar de um ano fantástico desta seleção», referiu a dirigente.
No entanto, adverte para a presença no Europeu, de equipas mais experientes em fases finais, como sãos os casos da Alemanha, que já venceu três edições da competição, da Espanha, vencedora em duas ocasiões, e da França, atual campeã do Mundo da categoria.
«Elas têm qualidade para isso, mas sabemos que vamos disputar um Campeonato da Europa com equipas que já estiveram presentes muito mais vezes do que nós, mas tudo é possível. Nós também temos as nossas armas, as nossas forças, sinceramente, acho que tudo é possível, mas têm de pensar jogo a jogo e logo se vê até onde podemos chegar, mas nunca deixar mal representado o nosso país», explicou.
Mónica Jorge considera que a qualificação resulta de «um excelente trabalho feito pela equipa técnica», liderada por Susana Cova, «significa que na pouca quantidade há muita qualidade e revela um pouco do trabalho feito nos clubes, da evolução dos técnicos nos métodos de treino e de jogo».
«Tudo isso repercute-se nas jogadoras e transfere-se um pouco para o trabalho da seleção nacional. É muito mais fácil trabalhar agora com este grupo tão jovem do ponto de vista tático do que há uns anos atrás», explicou a dirigente.
Mesmo assim, Mónica Jorge admitiu que a qualificação foi «uma surpresa».
«Sabíamos que não ia ser fácil, mas fomos passo a passo e as coisas começaram a correr bem. Houve uma grande dinâmica entre jogadoras e técnicos e acabámos por superar as expectativas. Foi muito bom», rematou a diretora da FPF, salientando que a criação de uma seleção de sub-17 confere vantagens «comportamento técnico-tático e emocional» das jogadoras, que assim ganham «experiência competitiva».