O selecionador francês afirmou hoje que pretende regressar aos triunfos diante de Portugal, em jogo particular marcado para sexta-feira, no qual deverá apostar no jovem médio do Lyon Nabil Fékir e no regresso de Karim Benzema.

Com apenas um triunfo (2-0 diante da Dinamarca) e três derrotas nos últimos quatro encontros disputados - a França é anfitriã do Euro2016 e por isso já está apurada -, Didier Deschamps, que nunca mostrou muita motivação nas respostas, salientou ser importante vencer a equipa das 'quinas', com o intuito de voltar a 'acender a chama gaulesa' antes do arranque do Euro2016, a 10 de junho.

"Espero que amanhã (sexta-feira), diante de Portugal, consigamos recuperar o nosso caminho e voltar a encontrar as nossas bases. Vamos querer ganhar. Vamos confrontar-nos com aquilo que se faz melhor na Europa e no mundo", disse Deschamps em conferência de imprensa de antevisão.

Tudo indica que diante da formação lusa a França irá colocar no onze inicial o médio ofensivo Nabil Fékir, de 21 anos, no apoio a Benzema.

"A presença de Benzema é muito importante. É um jogador de grande nível e que tem muita experiência internacional. Ele não vai resolver tudo sozinho, mas Benzema é Benzema. Como Portugal sem Cristiano Ronaldo não é a mesma coisa. A melhor posição para Nabil é a frente de ataque. Ele é capaz de sair a jogar com muita facilidade, apesar dos opositores que tem pela frente. Ele vai precisar de algum tempo para crescer, mas tem um grande potencial", afiançou.

Para Didier Deschamps, a ausência de Tiago, William Carvalho, Fábio Coentrão e João Moutinho na seleção portuguesa não é sinónima de diminuição de rendimento na equipa comandada por Fernando Santos, até porque, à semelhança do que se irá passar no lado gaulês, deverão ser feitas experiências com jogadores mais jovens.

"Estes quatro jogadores são muito experientes na seleção portuguesa. Portugal tem outros com muita experiência e provavelmente vai jogar com alguns jovens. Mas Portugal irá sempre alinhar com jogadores muito rodados como é o caso de Nani, Bruno Alves ou Cristiano Ronaldo", concluiu.

Apesar dos fracos resultados, o treinador garante que não vai mudar o plano traçado para o desenvolvimento da equipa, até porque se torna importante estar na melhor forma no arranque da competição.

"Não temos pressão. Não estamos satisfeitos com os nossos resultados, mas o objetivo é o 10 de junho. É o jogo de abertura. Neste momento não temos a obrigação de apresentar resultados (para o apuramento). Não vou mudar o meu fio condutor. Poderemos jogar com dois avançados. Já o fizemos diante de Portugal", rematou o selecionador, que enquanto futebolista apontou um golo a Portugal, num encontro particular (2-0), em 1997.

O último triunfo de Portugal diante dos gauleses foi a 26 de abril de 1975, também num encontro particular, no qual Nené e Marinho apontaram os tentos lusos na vitória por 2-0, em solo francês.

A seleção portuguesa defronta esta sexta-feira, às 19:45, no estádio José Alvalade, a França, em jogo de preparação para o Euro2016 e que terá a arbitragem do holandês Danny Makkelie.