O avançado Diogo Jota desvalorizou hoje as ausências na seleção portuguesa de futebol para o embate com a Turquia, na quinta-feira, para os ‘play-offs’ de apuramento para o Mundial2022, e considera que os lusos têm “muita responsabilidade”.
O guarda-redes Anthony Lopes e o médio Rúben Neves foram inicialmente chamados por Fernando Santos, mas acabaram por ser rendidos por José Sá e Vítor Ferreira, respetivamente, enquanto o defesa Pepe testou positivo à covid-19 e encontra-se a cumprir isolamento, o que levou à chamada do jovem defesa Tiago Djaló.
Na convocatória, Fernando Santos também já tinha prescindido, por lesão, de Rúben Dias, Renato Sanches e Nélson Semedo, sendo que, João Cancelo, apesar de convocado, não pode dar o seu contributo à equipa face aos turcos devido a castigo.
“Obviamente que faltam jogadores que já estão habituados a estar aqui, mas confiamos em todos, confiamos a 100% nos que foram chamados para os substituir. Temos de pensar nos que aqui estão e no que temos de fazer. Não há que dar demasiada importância aos que não estão”, disse o jogador dos ingleses do Liverpool, em conferência de imprensa.
O embate com os turcos é de caráter decisivo e, por isso, uma “situação que não é a ideal”, mas que Portugal encara com “muita responsabilidade”, segundo o avançado luso, de 25 anos, que leva oito golos em 22 jogos pela seleção principal das ‘quinas’.
“Não é a situação ideal, mas é esta em que nós estamos. Há que encará-la com muita responsabilidade. Dá-nos muita força jogar por Portugal e temos todas as condições para estar no Mundial”, afirmou.
Portugal é visto como favorito por muitos, mas Jota defendeu que essa ideia tem de ser provada dentro das quatro linhas e lembra que a seleção comandada pelo alemão Stefan Kuntz “não é um adversário fácil”.
"Tudo isso se confirma sempre dentro de campo. A Turquia não é um adversário fácil, ao contrário do que se pode pensar. Ficou em segundo no grupo dos Países Baixos e ganhou um dos jogos [aos neerlandeses]. Vai ser uma final para Portugal poder provar em campo que é mais forte”, observou.
Por fim, Digo Jota, que na presente época contabiliza 19 remates certeiros em 39 desafios oficiais pelos ‘reds’, deu o mote para ultrapassar os turcos.
“Os aspetos táticos ainda vamos ver durante o dia de hoje e amanhã [quarta-feira]. Vamos abordar dentro da seleção, mas acredito que, numa final, trata-se de eficácia, de tentar aproveitar as nossas oportunidades ao máximo, tentar não sofrer e não conceder muitas chances ao adversário”, concluiu.
Caso vença a Turquia, Portugal vai disputar a final do caminho C do ‘play-off’ de qualificação para o Mundial2022, no mesmo local, cinco dias depois, em 29 de março, frente ao vencedor do embate entre Itália e Macedónia do Norte.
Portugal precisa de vencer os dois encontros para chegar à fase final do próximo Campeonato do Mundo, que vai decorrer no Qatar, sendo que, se isso não acontecer, falhará a primeira grande competição no século XXI, depois de 11 presenças consecutivas, desde 2000 – a última ausência aconteceu no Mundial1998, disputado em França.
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