O calor intenso, a fase competitiva da época e o nome do adversário não inspiravam grande entusiasmo no relvado e isso foi bem visível nos primeiros minutos do Portugal-Luxemburgo, que a equipa das quinas venceu por 5-0. Apesar de Paulo Bento exigir a «mesma atitude de sempre», a seleção entrou algo relaxada, jogando a um ritmo baixo e com um futebol desconexo.

O selecionador apostou em algumas surpresas no onze, com Rui Patrício, Bruno Alves, André Santos, Ruben Micael e Danny a ocuparem os lugares que pertenceram nas últimas partidas a Eduardo, Ricardo Carvalho, Raul Meireles, Carlos Martins e Nani. No entanto, esta ‘segunda linha’ tardou em mostrar-se aos adeptos.

Sem grandes oportunidades, Portugal acabou por chegar ao golo aos 25’, da autoria de Hélder Postiga, após um lance confuso onde Ronaldo até caiu na área. Como é habitual neste tipo de encontros, o golo inaugural elevou um pouco o rendimento da equipa e ‘quebrou’ a resistência do Luxemburgo.

O ambiente de festa que se vivia no estádio do Algarve, com 21283 espectadores, acabou por animar os jogadores, que começaram a sair melhor para o ataque. Acto contínuo, Portugal aumentou para 2-0 aos 43’, por Ronaldo, na conversão de um livre. 

Após o intervalo, Portugal regressou com quatro alterações (entraram Ricardo Carvalho, Hugo Almeida, Raul Meireles e Nani) mas “com a mesma fórmula”: a marcar. Logo aos 46, Coentrão fez o 3-0, ao aparecer invulgarmente no coração da pequena área para cabecear sem oposição para o golo. 

O Luxemburgo ‘entregou-se’ e passou a ver Portugal jogar, mesmo que a seleção raramente tenha acelerado o jogo. O 4-0 acabou por surgir por intermédio de Hugo Almeida, num fantástico remate de fora da área do avançado do Besiktas.

Entretanto, já com Varela e Sílvio em campo, cujas entradas inviabilizaram os propalados regressos de Nuno Gomes e Quim, a goleada cresceu para os 5-0, novamente por Hugo Almeida, a desviar isolado um cruzamento de Nani.

A equipa ainda tentou aumentar a goleada, mas o resultado ficou em 5-0, num ensaio positivo de Portugal para o embate com Chipre.