"Isto é um caso que se refere exclusivamente a Portugal e à sua federação. A FIFA não tem nem terá qualquer envolvimento neste processo", explicou à Lusa fonte do organismo.

Sobre as críticas de Carlos Queiroz à intervenção do Estado neste processo, falando mesmo de uma "justiça governamental", em referência ao castigo decretado pela Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP), a FIFA também não quis pronunciar-se, mas lembrou que a ADoP é a "representante em Portugal da AMA (Agência Mundial de Antidopagem)", um organismo internacional reconhecido por todas as federações desportivas.

Ao contrário do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, que ilibou Queiroz neste caso e apenas o suspendeu por um mês por insultos dirigidos contra uma brigada da ADoP, esta suspendeu-o por obstrução à realização de controlos durante o estágio da selecção na Covilhã, de preparação para o Mundial2010.

Na quinta-feira, o secretário de Estado da Juventude e Desporto, rebateu as críticas de Queiroz, negando que o seleccionador tenha sido suspenso por "justiça governamental" e defendeu a decisão da ADoP.

Os factos remontam a 16 de Maio, dia em que uma brigada da ADoP se dirigiu à Covilhã, para efectuar uma operação de controlo antidoping, à qual o seleccionador reagiu mal, proferindo insultos que visavam o presidente do organismo, Luís Horta.

Apesar de a pena mínima em que incorria Carlos Queiroz ser de dois anos e de a ADoP ter tido em consideração atenuantes, o seleccionador não se conformou e anunciou a intenção de recorrer para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS).

A suspensão da ADoP implica que Carlos Queiroz falhe os primeiros quatro jogos de Portugal no Grupo H de apuramento para o Euro2012, nos quais a equipa das quinas será liderada por Agostinho Oliveira.