A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) reestruturou os quadros competitivos dos escalões de formação para 2012/13 para «dar mais competição aos jovens, procurando igualmente uniformizar os modelos competitivos e aumentar a qualidade e competitividade de jogadores e campeonatos».

Segundo o vice-presidente Carlos Coutada, uma das ideias principais é a de que «cada clube nunca dispute menos de 30 jogos numa temporada», ao contrário do que acontece com os que ficam fora de competição em fevereiro.

Estas alterações representarão um «importante esforço financeiro por parte da Federação», pois aumentará significativamente o número de jogos realizados por época (71 jogos nos juniores A, 210 nos juniores B, 244 nos juniores C, num total de 525 encontros adicionais.

Segundo o dirigente, «os valores globais do orçamento 1,5 milhões de euros, o que significa um aumento do investimento em 22 por cento em relação ao modelo dos quadros competitivos juniores anteriores».

Carlos Coutada defende a «criação de uma estrutura competitiva transversal a todos os escalões», que começa com «uma primeira etapa, mais alargada, com o campeonato em enquadramento regional, seguindo-se a passagem às segundas fases pelo mérito desportivo com a criação de duas séries (três nos juniores C), a norte e a sul».

Em juniores registam-se apenas duas alterações: na segunda fase descem apenas três das oito equipas, em vez das quatro até agora, o que dará «maior estabilidade a esta competição, que representa a nata do escalão».

«Uma segunda alteração será efetuada na fase de manutenção e descidas, em que os clubes transitarão com a totalidade dos pontos obtidos na primeira fase», acrescenta.

Na segunda divisão de juniores vai ser aumentado o número de séries para cinco, compostas por 10 equipas, num total de 50 clubes participantes, face aos atuais 48.

Para os juniores B (juvenis) vão ser constituídas cinco séries de dez equipas, à semelhança do que acontece com a segunda divisão de juniores A, «procurando-se, desta forma, a estabilidade de uma filosofia competitiva».

A grande novidade na segunda fase da competição, a que ascendem os dois primeiros classificados das cinco séries, mais os campeões da Madeira e dos Açores, é que os dois primeiros classificados das duas séries da segunda fase disputarão uma terceira fase.

Essa fase final com quatro equipas possibilitará um maior crivo seletivo - na fuga à despromoção ficarão oito equipas em cada uma das outras séries e descerão os três últimos mais os três piores quintos classificados.

Nos juniores C (iniciados) vai haver sete séries (cinco de 10 equipas e duas de 11, que serão definidas por sorteio) no continente mais as séries Madeira e Açores.

A primeira fase será disputada regionalmente e na segunda participarão os dois primeiros de cada série de 10 equipas e os três primeiros das séries com 11, mais os campeões das séries da Madeira e Açores.

Estes 18 clubes serão agrupados em três séries de seis equipas para a fase de apuramento de campeão - esta fase será disputada a duas voltas (dez jornadas).

«No fundo, pretende-se uma maior competitividade e, ao mesmo tempo, mais qualidade, no sentido de selecionar os melhores, garantindo qualidade nas nossas seleções nacionais. Pretendemos conciliar a massificação das competições com o compromisso de aumentar a qualidade e a qualificação dos intervenientes», resume Carlos Coutada.