Para este jogo, Fernando Santos resolveu dar a titularidade a Anthony Lopes na baliza. O meio-campo foi formado pelo trio do Sporting (William, João Mário e Adrien). Nani e Ronaldo aparecem como homens mais adiantados, com Rafa no apoio. De fora dos convocados ficou Ricardo Carvalho, a braços com uma gripe.
Antes do início da partida foi respeitado um minuto de silêncio pela memória das vítimas dos atentados em Bruxelas, momento que foi vivido com emoção no estádio.Mal a bola tinha começado a rolar no Municipal de Leiria, o primeiro aviso foi dado por Cristiano Ronaldo logo ao 1º minuto, num remate cruzado para defesa fácil de Vladislav Stoyanov.
Aos três minutos, Portugal teve a possibilidade de abrir o ativo. Nani apareceu sozinho frente ao guardião búlgaro, depois de um passe longo de Pepe, mas não conseguiu desfeitear Stoyanov.
Aos quatro minutos, Cristiano Ronaldo muito endiabrado pela esquerda, rematou fraco, fácil para o guardião búlgaro. A seleção começou a todo o gás e aos nove minutos teve novamente a possibilidade de fazer o primeiro da partida, mas Ronaldo falhou de forma clamorosa. Depois de um cruzamento rasteiro com conta, peso e medida de Nani, CR7 já com o guarda-redes fora do lance, atirou por cima.
Curiosamente, o primeiro lance de perigo da Bulgária surgiu numa falha de comunicação da defesa portuguesa, com Pepe a não se entender com Anthony Lopes e a atirar de peito para fora. Por pouco não foi autogolo.
A partir do primeiro quarto de hora, os visitantes começaram a soltar-se mais no jogo. Aos 19 minutos, Anthony Lopes, chamado à titularidade por Fernando Santos, teve grande intervenção, depois de remate de Popov.
Aos 21 minutos, a Bulgária marcou mesmo. Popov colocou a bola nas costas da defensiva portuguesa e Marcelinho, médio que se estreou pela seleção búlgara, fez o primeiro da partida, com a bola a encaminhar-se devagarinho para o fundo das redes. Enorme falha da muralha lusa.
Aos 26 minutos, Cristiano Ronaldo, na transformação de um livre, desferiu uma bomba de pé direito, valeu novamente a intervenção de Stoyanov que esteve muito inspirado nesta primeira parte.
Aos 36 minutos, depois de uma serie de ressaltos, a bola sobrou limpinha para Nani que não conseguiu fazer o golo de forma incrível.Pouco depois, o cinismo búlgaro perante a ineficácia portuguesa quase dava frutos. Depois de um cruzamento de Aleksandrov, Pepe com um corte magistral, evitou que a bola chegasse a Rangelov, que tinha tudo para fazer o golo.
Depois de uma primeira portuguesa pautada pela ineficácia, pedia-se mais poder de fogo no segundo tempo.
O segundo período iniciou-se com novo festival de golos falhados por parte da equipa lusa. Stoyanov voltou a evidenciar e a chamar para si o título de melhor em campo.Depois de nova bomba de Ronaldo, o guardião voltou a negar o empate à equipa portuguesa. Pouco depois foi Rafa a rematar rasteiro, mas nada feito.
Insatisfeito com o rendimento da equipa, Fernando Santos, procedeu a várias alterações. Fez sair Rafa e Adrien. Entraram para os seus lugares Danny e Quaresma, mantendo-se Ronaldo com homem mais adiantado.
Na Bulgária, o técnico Ivaylo Petev, fez entrar o ex-jogador do Sporting Slavchev para o lugar de Aleksandrov.
Ao minuto 66, Portugal dispôs de uma grande penalidade, depois de Popov ter posto a mão à bola, após um cruzamento de Pepe. Na transformação, CR7 não conseguiu enganar Stoyanov. Mesmo na recarga o astro português atirou ao lado.
Aos 69 minutos, Ronaldo teve outra vez o golo nos pés, mas novamente não teve sucesso.
Ao minuto 74, uma das ovações da noite dos 19355 espectadores presentes em Leiria para a estreia de Renato Sanches com a camisola da seleção das quinas. O médio de 18 anos entrou para o lugar de João Mário. Entrou também Danilo para o lugar de William Carvalho.
A bola parecia não querer entrar para os lados portugueses, com Nani a dispor novamente de soberana ocasião, mas o esférico subiu demasiado.
No último assalto à baliza adversária, Fernando Santos lançou Éder para o lugar de Nani na tentativa ainda de chegar à igualdade. O técnico refrescou ainda as alas, entrando Rafael Guerreiro para o lugar de Eliseu.
Aos 85 minutos, momento caricato no Municipal de Coimbra, a quebrar a monotonia de um jogo em que Portugal estava em dia não. Um adepto invadiu o relvado, correndo na direção de Renato Sanches, a quem deu um abraço.
Em cima do minuto 90, Éder chegou atrasado a um cruzamento e não conseguiu fazer o golo do empate. Estava confirmada a derrota por 1-0 frente à Bulgária.
Partida a rever por parte do selecionador Fernando Santos. O problema continua a ser o mesmo de sempre. A falta de um homem de área. Quando Ronaldo aparece como homem mais adiantado, perde-se o melhor de CR7. Portugal voltou a ser penalizado por uma enorme ineficácia. Os jogadores portugueses dispuseram de inúmeras ocasiões, mas não conseguiram fazer a bola beijar a baliza adversária. A Bulgária que praticamente foi apenas três vezes à baliza de Portugal, conseguiu fazer o golo. Urge afinar a estratégia até ao Euro 2016. De falta de apoio a seleção não se pode queixar. Veremos o que a seleção vai conseguir fazer contra a Bélgica na próxima terça-feira, também no Municipal de Leiria.
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