A ambição de fazer boa figura no próximo Campeonato da Europa é visível no discurso de José Fonte, que em entrevista à revista do Sindicato de Jogadores deixou bem patente o sonho de triunfar com a camisola da Seleção.

"Queremos ganhar o Europeu e o primeiro objetivo era qualificar­mo-nos. Isso está feito, a partir de agora é começar a preparar o Europeu, a delinear bem o plano porque o nosso objetivo é ganhar. Temos condições para isso, grandes jogadores, o melhor do Mundo, por isso é normal termos estas ambições", adiantou.

O defesa do Southampton teve uma ascensão lenta no futebol profissional, atingindo apenas a elite da Premier League já perto da fasquia dos 30 anos. No entanto, tal não esmoreceu o seu desejo de jogar por Portugal, mesmo com Fernando Santos ao comando da equipa das quinas, depois de este o ter dispensado no Sporting B e Benfica. "Tenho noção de que há 10 anos não era o jogador que sou hoje, portanto foram decisões que o míster tomou e que aceitei com normalidade, mas isso ainda me deu mais força para con­tinuar a trabalhar. Não foi possível continuar a minha ligação ao Sporting nem ao Benfica, mas não guardo mágoa. Continuei a trabalhar e a tentar ser melhor jogador todos os dias. Acima de tudo, tenho de agradecer ao míster por ter reconhecido o meu valor aos 30 anos e por me ter dado a oportunidade de ser inter­nacional. É com muito orgulho que chego à Seleção e que vou dar a vida pelo míster e pelos meus colegas", sublinhou.

"Tenho noção que para chegar à Seleção é importantíssimo jogar na primeira divisão de qualquer país e aos 27 ou 28 anos estava a jogar no Championship. Só quando cheguei à Premier League é que tive mais visibilidade. Não aconteceu mais cedo, o míster Paulo Bento tinha outros jogadores de grande qualidade à disposição, e eu tenho de respeitar a decisão. Gra­ças a Deus, o míster Fernando Santos reconheceu o meu valor", concluiu.